Segundo Netanyahu, o governo do presidente sírio Bashar Assad "não é mais imune" à retaliação israelense.
"Ele [Assad] não é mais imune, seu regime não é mais imune. Se ele nos atacar, destruiremos suas forças", declarou Netanyahu, citado pelo jornal The Times of Israel.
O premiê de Israel também advertiu que o governo sírio pagará pela crescente presença militar iraniana na Síria.
"A Síria deve entender que Israel não vai tolerar a consolidação militar iraniana na Síria contra Israel […] As consequências não serão meramente para as forças iranianas por lá, mas também para o regime de Assad", avisou Netanyahu.
Israel e Síria têm trocado repetidos ataques na área fronteiriça, incluindo as disputadas Colinas de Golã — região que foi capturada por Israel como resultado da Guerra dos Seis Dias de 1967 e anexada formalmente 14 anos depois. Apesar de muitas críticas, o governo israelense tem se recusado a devolver o território à Síria. O próprio Netanyahu disse recentemente que isso "jamais aconteceria".
Anteriormente, nesta quinta-feira (7), The Times of Israel relatou, citando altos diplomatas, que a chanceler alemã Angela Merkel, o presidente francês Emmanuel Macron e a premiê britânica Theresa May, teriam chegado a um "acordo abrangente" sobre a necessidade de remover completamente o que foi descrito como "presença militar iraniana" da Síria.
De acordo com a fonte, Netanyahu também tentou persuadir os líderes europeus a seguirem o exemplo de Donald Trump e saírem do acordo nuclear iraniano, mas a premiê britânica Theresa May supostamente rejeitou a proposta.
As tensões entre Tel Aviv e Teerã têm aumentado recentemente com Israel acusando Irã de fortalecer sua presença militar na Síria e tendo realizado uma série de ataques contra alegadas instalações iranianas no território sírio.