De acordo com o Índice de Risco da Cidade do Lloyd's, criado em colaboração com a Universidade de Cambridge, esses riscos têm um impacto anual estimado de US$ 320 bilhões do Produto Interno Bruto (PIB) global para 279 cidades. Eles são uma ameaça econômica muito maior do que furacões, inundações, terremotos e vulcões.
O índice mediu o impacto de 22 ameaças (naturais e causadas pelo homem) e mostrou que 279 grandes cidades do mundo (com um PIB combinado de US$ 35,4 trilhões) arriscam perder, em média, US$ 546,5 bilhões por ano. Isso compreende US$ 320,1 bilhões para riscos criados pelo homem e US$ 226,4 bilhões para catástrofes naturais.
A quebra do mercado financeiro foi apontada como a principal ameaça, uma vez que coloca em risco US$ 103,33 bilhões do total do PIB. O segundo maior risco é o conflito entre nações (com US$ 80 bilhões do total do PIB em risco), de acordo com a pesquisa. Ele é seguido por tempestades tropicais que representam uma ameaça de US$ 62,59 bilhões ao PIB total. A pandemia humana, o conflito civil, a inadimplência soberana, as inundações, os terremotos e os choques de preços de commodities compõem os dez principais riscos remanescentes.
Our new City Risk Index measures the impact of 22 threats on 279 cities’ economic output to help cities around the world identify, understand and quantify their exposure to risk, enabling them to prioritise investments and build resilience. https://t.co/GmgIwrz2VQ #LloydsCityRisk pic.twitter.com/Flm70vB9kk
— Lloyd's (@LloydsofLondon) 6 de junho de 2018
O presidente do Lloyd's, Bruce Carnegie-Brown, disse que um aumento no risco representado pelos crimes cibernéticos foi um dos principais destaques da pesquisa.
"Não há dúvida de que o risco cibernético está aumentando e, quando fizemos este relatório três anos atrás, ele não apareceu [no índice] e é provavelmente o risco de desenvolvimento mais rápido em todo o mundo e eu não acho que ainda entendemos completamente a extensão esse risco", disse ele à rede CNBC.
A maior parte do risco está concentrada em algumas regiões, de acordo com o relatório, que observou que dez cidades enfrentam um total combinado de US$ 126,8 bilhões em perdas potenciais para a produção econômica a cada ano. Tóquio é a cidade com maior risco (US$ 24,31 bilhões), e a principal ameaça que existe é um conflito interestadual (devido à sua proximidade com a Coreia do Norte).
Nova York está em segundo lugar e a maior ameaça é a queda do mercado, com US$ 14,83 bilhões em risco. Ela é seguida por Manila, onde cerca de US$ 13,27 bilhões do PIB total da cidade estão em risco devido a uma tempestade tropical. Taipé, Istambul, Los Angeles, Xangai e Londres também estão entre as dez maiores entre riscos criados pelo homem ou desastres naturais.
De acordo com Brown, o índice enfocou cidades, mostrando sua importância para a economia global.
"O que se destaca do índice é a importância das cidades para a economia global. Eu acho que 54% da população mundial vive em cidades e elas representam 80% do produto interno global, a produção econômica em todo o mundo", declarou.