O partido de Bishop aprovou recentemente uma resolução não vinculativa para parar de enviar ajuda à Autoridade Palestina enquanto a organização mantiver seu "fundo de mártires". O fundo, operado pela Autoridade Palestina, é uma bolsa mensal em dinheiro dada à famílias palestinas mortas, feridas ou presas por forças israelenses.
"Embora eu entenda o sentimento por trás desta resolução, o governo australiano não transferirá nossa embaixada para Jerusalém", disse Bishop, informou o Guardian.
"Jerusalém é uma questão de status final e temos mantido essa posição por décadas e estamos fazendo tudo o que podemos fazer para garantir que qualquer apoio que damos à Autoridade Palestina seja usado apenas para os fins que determinamos", acrescentou.
"Nosso financiamento para a Autoridade Palestina está sujeito a um memorando de entendimento, definindo precisamente como é usado e sujeito a uma auditoria muito próxima para garantir que nenhum fundo seja desviado para o chamado fundo do Mártir", disse ela, segundo o jornal The Guardian.
Os EUA e a Austrália foram os únicos dois países no Conselho de Direitos Humanos da ONU a votar contra uma resolução pedindo uma investigação internacional sobre o uso da força por agentes de segurança israelenses contra palestinos desarmados em Jerusalém Oriental, Cisjordânia e Gaza no mês passado.
A situação na fronteira entre Israel e Gaza piorou significativamente nos últimos meses. O lado israelense vem usando armas letais para reprimir manifestações pacíficas.
A Grande Marcha de Retorno da Palestina terminou em 15 de maio, Dia Nakba — comemorando o 70º aniversário do êxodo palestino resultante da declaração de independência de Israel em 1948. As tensões foram alimentadas em 14 de maio, quando os Estados Unidos realocaram sua embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.