"O Departamento de Estado aconselha veementemente os cidadãos norte-americanos contra viagens para o norte do Cáucaso, listando todas as regiões. Por quê? Aparentemente, todo o norte do Cáucaso enfrenta distúrbios civis e ataques terroristas. Como diz o ditado, eles mentem e sem pestanejar!" escreveu o líder checheno em sua conta do Telegram. "De qual agitação e terrorismo o Departamento de Estado está falando? Talvez tenham misturado os Estados Unidos e a Rússia. Os massacres sistemáticos de crianças nas escolas americanas também se apresentaram como algo acontecendo na Rússia?", questionou.
"Prêmio duvidoso? De quem é a opinião do jornal? Os egípcios estão sediados no melhor complexo de futebol de toda a Europa, vivem em um belo hotel, são cercados por milhares de fãs e estão felizes com a forma como foram recebidos É absolutamente incompreensível que o The Guardian esteja dizendo aqui", escreveu Kadyrov.
"Mas o que surpreende se o autor nem sabe onde a equipe está sendo treinada. Ele alega que a equipe egípcia está no Estádio Sultão Bilimkhanov (!!!) ao invés do estádio da Arena Akhmat", acrescentou.
Ramzan Kadyrov constantemente se envolve em discussões com autoridades e mídia ocidentais pelas redes sociais. Há alguns meses, ele foi destaque na imprensa por atacar autoridades dos EUA, que o adicionaram à lista de sanções do Ato Magnitsky, sugerindo que Washington não poderia perdoá-lo "por dedicar minha vida a combater terroristas estrangeiros". O líder checheno teve suas contas do Facebook e Instagram bloqueadas no final de 2017 e argumentou que o banimento se deu pelas suas opiniões "honestas" e "francas" sobre "ações dos EUA nos países do mundo islâmico".
Convidado a comentar as denúncias, Kadyrov classificou a reportagem como um “ataque massivo” de contra-informação e uma “tentativa de denegrir a nossa sociedade, estilo de vida, tradições e costumes”. Por meio do porta-voz, Alvi Karimov, declarou: "não é possível deter e reprimir pessoas que simplesmente não existem na República [da Chechênia]".