Mudança climática não é 'uma questão de fé', diz Merkel

© REUTERS / John MacDougallPresidente francês Emmanuel Macron, a chanceler alemã Angela Merkel, e o presidente dos EUA, Donald Trump, durante a cúpula do G20 em Hamburgo, em julho de 2017
Presidente francês Emmanuel Macron, a chanceler alemã Angela Merkel, e o presidente dos EUA, Donald Trump, durante a cúpula do G20 em Hamburgo, em julho de 2017 - Sputnik Brasil
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A chanceler alemã Angela Merkel mirou nesta terça-feira (19) a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar Washington do acordo climático de Paris - classificando o movimento como "muito lamentável".

"Nós sabemos que a mudança climática não é uma questão de fé", disse a chanceler alemã em um encontro internacional sobre o clima em Berlim. "É um fato."

Trump anunciou no ano passado que os EUA vão desistir do acordo de Paris, a menos que ele possa "conseguir um acordo melhor".

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Merkel disse que a Alemanha continua comprometida com o acordo climático de Paris, mas reconheceu que o país ainda precisa fazer mais para reduzir as emissões, particularmente no setor de transportes, se quiser atingir seus próprios objetivos.

A líder alemã pediu que os 178 países que ratificaram o acordo de Paris concordem, até o final do ano, em um conjunto de regras para sua implementação.

"O governo alemão apoia totalmente o acordo climático de Paris, porque políticas climáticas ambiciosas não apenas ajudam a limitar as piores consequências da mudança climática, mas também oferecem oportunidades de inovação e, portanto, de crescimento e prosperidade em todo o mundo", disse Merkel.

A Alemanha, a economia mais forte das 28 nações da União Européia, já foi líder na luta contra a mudança climática, mas ficou para trás nos últimos anos. As autoridades preveem que a Alemanha não cumprirá sua meta de reduzir as emissões até 2020 por uma ampla margem.

"Nós, na Alemanha, temos que admitir que precisamos melhorar", disse Merkel, acrescentando que a maior preocupação era o setor de transportes do país, cujas emissões aumentaram ligeiramente na comparação com 1990.

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As conversas em Berlim, com a presença de ministros de cerca de 30 países, fazem parte de uma série de reuniões preparativas para a cúpula global do clima em dezembro na Polônia.

O primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, disse a ministros que a cidade-sede da cúpula, um antigo centro de mineração de carvão, seria uma vitrine para a mudança econômica necessária para evitar as mudanças climáticas.

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