O governo Trump anunciou no início desta semana que os Estados Unidos estavam se retirando do Conselho de Direitos Humanos da ONU após suas recentes críticas a Israel.
"Meu pensamento […] é que Trump está tentando desatar o nó que liga os EUA a cada coisa que está acontecendo em todos os lugares [do mundo]", disse Armstrong.
Aos olhos de Trump, os compromissos dos EUA com a rede de instituições globais limitaram a liberdade das administrações em Washington de tomar atitudes que colocam os interesses nacionais dos Estados Unidos e do povo americano em primeiro lugar, sugeriu Armstrong.
"Essas conexões […] impedem os EUA de se tornarem 'grandes de novo'", disse Armstrong.
O comportamento público de Trump de frequentemente fazer comentários sem noção, não diplomáticos e pessoalmente abusivos em discursos e em seus comentários no Twitter que perturbam outros líderes estrangeiros também faz parte do plano de alcançar autonomia.
"Então ele está sendo rude, perturbador e imprevisível, a fim de fazer os outros cortarem as conexões", analisou. "Acho que ele está fazendo isso com intenção, outros acham que é incompetente. Vamos ver. Mas o resultado parece ser o mesmo. Este é apenas outro exemplo".
Na terça-feira, a embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, disse que o UNHRC era uma organização hipócrita que criticava Israel, enquanto seus membros incluíam representantes de Estados que são violadores grosseiros de direitos humanos como Venezuela, China e República Democrática do Congo.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, se reunirá com o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, em Washington, neste sábado, segundo a programação do Departamento de Estado. Guterres no início desta semana disse que lamentava a decisão dos EUA de se retirar do conselho de direitos humanos.
O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse na quinta-feira que espera que a decisão dos EUA de deixar o conselho não seja definitiva e que os EUA reafirmem seu compromisso com os direitos humanos.
Até sua aposentadoria, Armstrong era um diplomata canadense que era especialista na União Soviética e na Rússia. Anteriormente, ele atuou como conselheiro político na embaixada canadense em Moscou.