A Turquia realizará suas eleições presidenciais e gerais antecipadas em 24 de junho para garantir uma rápida transição para uma república presidencial. O país está em estado de emergência prolongado e está tomando medidas para reforçar os poderes presidenciais após uma tentativa fracassada de golpe em julho de 2016.
"Mesmo que Erdogan vença esta eleição [presidencial], nós acreditamos que haverá também certas fraudes nesta eleição. Portanto, sua presidência e essa mudança de sistema não serão legítimos aos olhos de pelo menos a maioria das pessoas", Kerestecioglu. disse.
O partido acredita que a eleição presidencial deve ir para o segundo turno, e apesar de Erdogan ganhar a presidência, ele não será capaz de obter a maioria dos assentos no Parlamento, ressaltou.
A maioria parlamentar da oposição será um passo positivo em direção à democracia na Turquia, disse o político.
O HDP vai contestar os resultados eleitorais, se não conseguir ultrapassar o limiar e conseguir lugares no parlamento, disse Kerestecioglu.
"Os resultados das eleições podem ser questionáveis, então podemos utilizar a todos os artíficios legais que pudermos. Vamos seguir todos os procedimentos legais que conseguirmos", disse ela.
Em 18 de abril, Erdogan anunciou as eleições presidenciais e parlamentares, explicando o movimento pela necessidade de mudar para o sistema presidencial no país e fazer cumprir as emendas constitucionais que foram adotadas após um referendo em abril do ano passado. As eleições foram inicialmente agendadas para 3 de novembro de 2019, mas foram adiantadas para agora.
Seis candidatos concorrerão à eleição presidencial turca: Erdogan, Muharrem Ince do Partido Republicano do Povo (CHP), Selahattin Demirtas do HDP, Meral Aksener do partido iYi (Bom), Temel Karamollaoglu do Partido Felicity e Dogu Perincek do o Partido Patriótico.