Em 24 jogos sob o comando de Tite, a seleção brasileira acumula apenas uma derrota, contra quatro empates e 19 vitórias. Nesta Copa, chegou como grande favorita, mas decepcionou o público com um simples empate contra a Suíça, em Rostov-no-Don. A desconfiança inicial, no entanto, foi reduzida com duas belas apresentações diante de Costa Rica e Sérvia, batendo as duas por 2 a 0, em São Petersburgo e Moscou.
Entre tapas e beijos com o seu principal jogador, o craque Neymar, a torcida brasileira tem apostado no talento de Philippe Coutinho e na segurança da defesa para garantir vitórias.
Com um time compacto e eficiente e ótimos resultados nos últimos tempos, o Brasil ainda traz todo o peso de cinco campeonatos conquistados para sua envergadura, ainda ocupando hoje o segundo lugar no ranking da FIFA.
Falar em Brasil em qualquer conversa sobre futebol é sinônimo de respeito e favoritismo, mas as frustrações das três últimas Copas andam assombrando torcedores e talvez até jogadores por aí. Depois do 7 a 1 principalmente, a conquista de um novo Mundial pode ser o ponto final do ciclo de reconciliação entre seleção e torcida. É, sem dúvida, uma espécie de exigência da maioria dos torcedores brasileiros.
Na sua partida inicial, o México encantou o mundo ao bater a favoritíssima Alemanha por 1 a 0 em Moscou, mas o time também inspirou preocupações com o número significativo de falhas e oportunidades perdidas. Em seguida, venceu por 2 a 1 a Coreia do Sul em Rostov-no-Don e tomou uma surra de 3 a 0 da Suécia em Ekaterinburgo, só se classificando graças a outra improvável derrota alemã, para os sul-coreanos.
Assim, Brasil e México chegam com graus de favoritismo e de cobrança diferentes para esse embate em Samara. Enquanto um acredita na possibilidade do sexto título, o outro, que, em quatro encontros, nunca derrotou o Brasil em uma Copa, sonha em alcançar um resultado único nesta edição. A seleção mexicana pode tanto entrar como jogou com a Alemanha, se concentrando nos contra-ataques para fazer o resultado, como pode ir para cima do Brasil com tudo logo de cara, tal qual prometeu o técnico Juan Carlos Osorio, opção que daria muitos espaços para serem aproveitados pelo rápido ataque brasileiro. Rapidez, aliás, é uma das principais características desse time mexicano, que precisará se reinventar para furar o paredão formado por Thiago Silva, Miranda, Felipe Luís e Fagner.
Pelo visto, o calor em Samara atingiu a cabeça destes torcedores eufóricos. Confira! https://t.co/sPuNnngMMy
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) 1 de julho de 2018
Seja como for, esse tem tudo para ser um dos melhores jogos desse Mundial, com duas equipes de qualidade precisando fazer o possível para encantar seus torcedores e se garantir entre os oito primeiros, pelo menos, do torneio. Um dos maiores do mundo, Neymar, após a despedida de Messi e Cristiano Ronaldo, é o nome de maior destaque entre os que ainda estão na competição, e pode acabar de vez com as críticas de jornalistas e torcedores e liderar o Brasil com uma grande atuação nesse confronto. Para isso, terá que superar, junto com seus companheiros, a elasticidade do goleirão Guillermo Ochoa, líder em número de defesas nesta Copa e um dos principais responsáveis pelo empate em 0 a 0 entre México e Brasil no Mundial de 2014.