Para Racourt, defensor de direitos civis e teorético da sociologia, o encontro aconteceu devido ao desejo mútuo das duas potências e iria ter lugar mais cedo ou mais tarde.
"Os Estados Unidos querem certas coisas da Rússia, e, até certo ponto, os EUA precisam da Rússia mais do que a Rússia precisa dos EUA, porque os Estados Unidos perderam muita credibilidade na arena internacional e a Rússia tem credibilidade, tem uma diplomacia coerente que os EUA não têm mais", comentou o interlocutor da Sputnik internacional.
Outro aspecto que é de importância para Trump e os EUA é a questão das armas, em particular, a democratização dos mísseis, afirma o especialista.
"Os EUA terão muito a perder se cada vez mais países obtiverem a possibilidade de se defenderem das ameaças e ataques norte-americanos. Assim, a possibilidade de os mísseis serem entregues a determinadas pessoas pela Coreia ou pelo Irã, ou direta ou indiretamente pela própria Rússia, é um grande perigo para os EUA, pois o sistema norte-americano depende da intimidação militar e da projeção de seu poder no mundo", afirmou.
Trata-se não apenas de armas nucleares, mas dos novos mísseis de alta precisão, e os EUA estão cada vez mais vulneráveis perante as tecnologias avançadas.
"Eles precisam de ser capazes de se defender e perderam a credibilidade, especialmente após a destruição total que causaram no Iraque e na Líbia. […] Acredito que foi a combinação destes dois problemas que trouxe Trump e os EUA à mesa, tentando negociar com a Rússia", concluiu o analista.
No dia 16 de julho, os presidentes da Rússia e dos EUA, Vladimir Putin e Donald Trump, participaram de sua primeira cúpula formal, na capital finlandesa.
Após o encontro privado e negociações acompanhadas por suas delegações, Donald Trump e Vladimir Putin efetuaram uma coletiva de imprensa conjunta.