A invulnerabilidade dos novíssimos drones submarinos Poseidon deve-se a uma maior profundidade de imersão, alta velocidade e imprevisibilidade da trajetória, comunicou aos jornalistas o analista principal do grupo de conselheiros do chefe do Estado-Maior russo, Igor Kasatonov.
Ele recordou que os testes da unidade propulsora nuclear para equipar os drones já foram completados, o que "comprova a viabilidade do projeto com as características previstas pelo Ministério da Defesa".
"As características únicas do Poseidon farão com que a nossa Marinha seja capaz de lutar com êxito contra grupos de navios e de porta-aviões de um provável adversário em quaisquer direções no teatro de operações oceânico, bem como destruir alvos da infraestrutura costeira", assinalou o especialista.
"Graças à nova estrutura dos motores e novas receitas de composição do combustível, foi reduzida a fase ativa da trajetória […] Isso permite assegurar que o lançamento do míssil não seja detectado por meio de sistemas de alerta contra mísseis do adversário, além de garantir a proteção de designação como alvo pelos sistemas antimíssil", comentou o analista em entrevista ao canal Rossiya 24.
Vitkor Murakhovsky frisou também que o Sarmat pode ser dotado da ogiva hipersônica Avangard, o que torna quaisquer meios de resistência inúteis, até em teoria.
O Poseidon, o Sarmat e outras novíssimas armas russas foram apresentadas pelo presidente do país, Vladimir Putin, em seu discurso à Assembleia Federal em 1º de março de 2018. O presidente declarou que a Rússia desenvolveu um míssil hipersônico capaz de voar a uma velocidade de até Mach 10 (o que equivale a dez vezes a velocidade do som, ou 12.240 km/h), além de superar todos os sistemas de defesa antiaérea e antimíssil existentes e em desenvolvimento, podendo transportar ogivas nucleares ou convencionais a distâncias de cerca de 2 mil quilômetros.