Em maio, o Comitê de Serviços Armados do Senado dos EUA publicou um relatório sobre o orçamento de defesa do próximo ano, que incluía uma seção sobre o fortalecimento da cooperação militar com Taiwan, inclusive exercícios militares conjuntos e venda de armas, aumentando a presença militar dos EUA no Mar da China Oriental. O Senado aprovou o projeto em junho, mas o documento ainda deve passar pelo crivo da Câmara dos Deputados.
"A China está extremamente descontente e aponta um forte protesto contra as disposições acima mencionadas relativas ao PRC [República Popular da China, nome formal do país] no plano dos EUA para os gastos de defesa para o ano fiscal de 2019", disse Geng em uma entrevista coletiva..
Segundo o porta-voz, se o projeto for aprovado, isso prejudicará a confiança e a cooperação entre a China e Estados Unidos, ao mesmo tempo em que ameaça a estabilidade no Estreito de Taiwan.
"A China exorta os Estados Unidos a abandonar a mentalidade da Guerra Fria e o princípio de um 'jogo de soma zero' ao remover o conteúdo negativo em questão do documento para apoiar o desenvolvimento de relações bilaterais interestatais e não interferir nele", acrescentou Geng.
Os Estados Unidos estão entre os países que não reconhecem Taiwan como um estado independente. O governo dos EUA declarou que encerraria todos os laços políticos com Taiwan após o comunicado conjunto de 1979, mas continuaria a manter relações econômicas e culturais através do Instituto Americano em Taiwan.
Em 2015, o então presidente Barack Obama aprovou um pacote de venda de armas para Taiwan no valor de US$ 1,83 bilhão, enquanto seu sucessor, Donald Trump, assinou o Taiwan Travel Act, permitindo que autoridades dos EUA viajassem para a ilha e visitassem as autoridades de Taiwan.