O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, órgão executivo da UE, fecharam um acordo surpresa na quarta-feira (25) que pôs fim ao risco de uma guerra comercial entre as duas potências.
Após o acordo, Donald Trump destacou os benefícios para os agricultores dos EUA. "A União Europeia vai começar, quase imediatamente, a comprar muita soja", disse ele a repórteres.
"Seremos capazes de fazer o que o presidente Trump quer? Eu não sei. Vamos ver se esse será o caso ou não", disse ela.
A UE deve importar 15,3 milhões de toneladas de soja na safra 2018/19, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos de 12 de julho. Os Estados Unidos são o segundo maior exportador mundial de sementes oleaginosas, atrás apenas do Brasil.
Após a reunião de quarta-feira (25) na Casa Branca, Trump concordou em não impor tarifas sobre automóveis, enquanto a União Europeia e os Estados Unidos iniciam conversações sobre a retirada de outras barreiras comerciais.
Trump enfrentou uma reação de alguns fazendeiros e legisladores dos Estados Unidos após de anunciar na terça-feira (24) um pacote de ajuda de US$ 12 bilhões para estimular os produtores atingidos pela escalada da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.
A China impôs tarifas a produtos agrícolas, incluindo soja, após Washington impor tarifas sobre produtos chineses.
"Se você tiver em mente que muitos desses agricultores são apoiadores do presidente Trump, eles realmente sentiram a pressão. Acho que isso realmente ajudou Trump a entender que essas tarifas podem ser potencialmente prejudiciais e que ele agora percebeu e estamos caminhando para uma situação mais positiva", disse ela.
Outras autoridades europeias também expressaram alívio depois que Trump e Juncker concordaram em resolver sua disputa comercial transatlântica.
"É bom que a UE e os Estados Unidos se unam e concordem em manter a conversa, ao invés de vermos uma exacerbação da disputa comercial", acrescentou Kloeckner.