Uma pedra enorme de 100 quilos caiu na praça em frente a inúmeras testemunhas, mas não provocou vítimas para surpresa dos presentes. Entretanto, o ravino Shimon Levin se mostrou mais cético e indicou que a pedra caiu em um terreno pouco visitado, concedido aos judeus reformistas.
"Sem dúvida, pode-se dizer que é uma consequência da lei da gravidade, outorgada por Deus e descoberta por Isaac Newton. Além disso, creio que são especulações. Mas em Jerusalém há opiniões diferentes. E, evidentemente, cada um atribui ao incidente uma importância especial segundo a sua visão de mundo", indicou.
Levin também assegurou que as autoridades israelenses se esforçaram para garantir a segurança dos fiéis.
"O muro tem dois mil anos, por isso, existe logicamente uma ameaça à sua segurança. Entretanto, não creio que depois de esta pedra vão começar a cair outras", assinalou à Sputnik Joe Uziel, principal arqueólogo da Autoridade de Antiguidades de Israel.
Ele adicionou que investigadores sempre examinam a parede. Ao mesmo tempo, Uziel reconheceu que alguns trabalhos de preservação de grande escala, todavia, estão por ser levados a cabo, o que requer recursos econômicos e muito tempo.
"As escavações arqueológicas são um delito contra todas as religiões, uma grande violação da santidade do islã, e, além disso, promoção do extremismo e fanatismo religioso. […] Tudo isso se realiza segundo a má intenção de Israel", explicou o porta-voz do movimento palestino Fatah.
O Muro das Lamentações era parte do Segundo Tempo construído no século I antes de Cristo pelo rei Herodes, o Grande. Mas foi no ano 70 da nossa era que os romanos destruíram o santuário. Entretanto, o fundamento resultou ser tão firme que os atacantes não conseguiram demoli-lo por completo.
O muro é o único lugar sagrado da parte histórica de Jerusalém que se pode visitar 24 horas por dia. A zona de oração é dividida em diferentes setores. Em 2016, cientistas advertiram que os judeus reformistas receberam o terreno mais perigoso.
O status normativo dos santuários de Jerusalém não está claro até o momento, e ambas as partes interpretam os atos jurídicos segundo a sua perspectiva.