"Continuamos a ver uma campanha de mensagens difundidas da Rússia para tentar enfraquecer e dividir os Estados Unidos", disse Dan Coats, diretor de inteligência nacional, em entrevista coletiva na Casa Branca.
Uma série de altos funcionários dos EUA, incluindo Coats, o diretor do FBI, Christopher Wray, e a chefe da Segurança Interna, Kirstjen Nielsen, prometeram investigar e processar aqueles que estavam tentando influenciar a opinião dos EUA ou fazer o que Wray descreveu como "guerra de informação".
"Nossa própria democracia está na mira", pontuou Nielsen em um aviso excepcionalmente severo.
"Esta não é apenas uma ameaça do ciclo eleitoral", disse Wray. "Nossos adversários estão tentando minar nosso país de forma persistente e regular, seja na temporada eleitoral ou não".
Coats apontou a culpa no Kremlin: "A Rússia tem usado inúmeras maneiras pelas quais eles querem influenciar […] através da mídia, mídia social, através de robôs, através de atores que eles contratam, através de proxies".
Os comentários vieram em contraste com as posições do presidente Donald Trump, mas os dois homens rejeitaram as sugestões de que o presidente — que repetidamente negou que a Rússia decidisse inclinar a eleição a seu favor — não está levando a questão a sério.
Em uma carta ao Congresso, o conselheiro de segurança nacional John Bolton disse que o governo tomou "uma ação histórica ampla" para impedir a ameaça.
Trump ponderou aliviar as sanções contra Moscou, realizou reuniões calorosas com o presidente russo, Vladimir Putin, e se recusou a criticá-lo sobre a interferência nas eleições de 2016.
Ele também pediu repetidamente o fim da investigação sobre a interferência de Moscou, que já foi acusada por mais de 20 russos.