Em seu artigo na edição Rossiyskaya Gazeta, o jornalista Anton Valagin coleta da mídia norte-americana as opiniões de oficiais superiores do exército estadunidense e de especialistas americanos sobre o tema.
Quanto à Síria, os militares norte-americanos encararam os "novos desafios" como um "bom treinamento" paras eles, diz o coronel, aludindo às capacidades dos equipamentos russos.
Entretanto, os especialistas não se mostram tão otimistas. Cabe destacar que os modernos meios de guerra eletrônica da Rússia são poderosos, móveis e podem ser instalados em veículos blindados e aviões para atacar alvos a centenas de quilômetros de distância.
"De repente todo o nosso equipamento se desliga. Você não pode pedir apoio de fogo ou avisar de um ataque inimigo porque seus radares estão bloqueados e não veem nada. Isso pode ser mais perigoso do que uma arma convencional, porque não há proteção contra ela", assegura o coronel norte-americano aposentado, Laurie Moe Buckhout, à edição Foreign Policy.
"O fato é que eles são realmente capazes de distorcer a imagem operacional no campo de batalha, o que pode levar a consequências terríveis", explica.
Entre outros, a Rússia está usando na Síria os novos sistemas de guerra eletrônica Leer-3, Krasukha e Moskva. O primeiro é capaz de abafar a rede de celular ou enviar SMS, por exemplo, com um apelo à rendição.
Krasukha abafa os radares no solo, no ar e no espaço. O sistema Moskva, por sua vez, opera de modo passivo — enquanto permanece invisível para o inimigo, ele escaneia as ondas detectando a radiação de aviões, de mísseis de cruzeiro e até de munições guiadas. Os dados coletados são transmitidos para outros sistemas de guerra eletrônica para supressão eletrônica dos alvos.