Em várias ocasiões, altas patentes navais dos EUA criticaram o governo por não elaborar uma estratégia clara de exploração do Ártico.
Note-se que os gelos da região estão derretendo e, portanto, é possível estabelecer novas rotas comerciais. A guarda costeira dos EUA atualmente tem apenas dois quebra-gelos operacionais, enquanto a Rússia tem 45.
Anteriormente, o secretário de Defesa dos EUA, declarou que o objetivo prioritário do Departamento é a "competição com as grandes potências", em particular, com a Rússia e a China. Entretanto, os responsáveis admitem que, no que se refere ao Ártico, os EUA estão atrasados em relação aos seus concorrentes, tanto em termos de potencial como de tecnologia.
Espera-se que a indústria militar dos EUA fabrique mais quebra-gelos assim que o Congresso autorize o orçamento militar de 717 bilhões de dólares (R$ 2,7 trilhões).
O Times sugeriu que o presidente norte-americano, Donald Trump, não demorará a assinar o projeto. Assim, os EUA poderiam obter seis quebra-gelos. O primeiro entrará em funcionamento até 2023. Segundo os cálculos, a construção de cada navio custará cerca de 910 milhões de dólares (R$ 3,4 bilhões).
Atualmente, o único quebra-gelo pesado norte-americano é o Polar Star, que tem mais de 40 anos. Além disso, existem dois navios menores, mas um deles já não é usado e serve para tirar peças sobressalentes. Existe também o navio médio Healy que foi construído para atividades científicas.
Neste contexto, o comandante da guarda costeira dos EUA, Karl Schultz, declarou que três dos seis quebra-gelos do país devem ser pesados para que Washington possa competir com as frotas da Rússia e da China, segundo o Times.