Turquia prepara medidas de resposta contra EUA

© REUTERS / Alkis KonstantinidisFoto do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, entre bandeiras do país, em Istambul, dois dias antes do referendo de 16 de abril de 2017
Foto do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, entre bandeiras do país, em Istambul, dois dias antes do referendo de 16 de abril de 2017 - Sputnik Brasil
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A Turquia vai congelar os ativos de dois altos funcionários dos EUA como resposta às sanções norte-americanas contra Ancara, anunciou o presidente do país, Recep Tayyip Erdogan.

"O último passo dado pelos EUA quanto ao caso do pastor Brunson em Esmirna não foi adequado para um parceiro estratégico. Os EUA mostraram com isso uma séria falta de respeito", destacou Erdogan, citado pela revista Hurriyet.

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"Mostramos paciência até ontem à tarde. Hoje estou dando instruções a meus amigos para congelar os ativos dos secretários de Justiça e do Interior dos EUA na Turquia, se eles os tiverem", acrescentou. "Aqueles que pensam que podem fazer a Turquia recuar recorrendo a uma linguagem ameaçadora e a sanções absurdas mostram que não conhecem a nação turca".

Trata-se do secretário do Interior Ryan Zinke e do procurador-geral Jeff Sessions.

O ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu, também declarou que "uma linguagem ameaçadora não vai fazer a nação turca ceder".

De acordo com ele, "ninguém pode obter um resultado da Turquia por meio de pressão e sanções". Para além disso, propôs a Washington que se sente à mesa para negociar e "conversar como dois aliados".

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Os EUA anunciaram sanções contra os ministros da Justiça e do Interior da Turquia, Abdulhamit Gul e Suleyman Soylu, respectivamente, devido a supostas violações dos direitos humanos do pastor Andrew Brunson, que foi detido no território turco.

Brunson, pastor cristão da Carolina do Norte, foi acusado de ter ligações com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e da organização terrorista FETO, que Ancara responsabiliza pelo golpe de Estado fracassado de 2016.

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