O grupo Femmes Solidaires (Mulheres Solidárias) alega que os cartões postais "sexistas e algumas vezes pornográficos" representam mulheres como um "objeto que pode ser consumido e descartado sob o pretexto do prazer e entretenimento".
Na cruzada do movimento feminista para banir os cartões, o grupo utilizou o Twitter como ferramenta para encorajar seus 30.000 membros e outros apoiadores para que fiquem atentos aos cartões postais "sexistas" e para que informem onde estão sendo vendidos.
Les cartes postales sexistes sont aussi en vente à #Arcachon 🙈 Avec @Femmessolidaire dites STOP⛔️ #GenerationNonSexiste #NeRienLaisserPasser pic.twitter.com/dT7l8v8DhC
— Sophie Panonacle (@SoPanonacle) 4 de agosto de 2018
Os cartões postais também estão sendo vendidos em Arcachon. Diga pare, avante com o @Femmessolidaire.
Um dos cartões postais mais populares retrata mulheres de costas vestindo biquínis, com a legenda "Grandes Beijos de Roussillon", enquanto outro retrata uma ciclista vestindo um biquíni fio dental.
1/2 #GenerationNonSexiste #StopCultureDuViol
— Femmes solidaires (@Femmessolidaire) 1 de agosto de 2018
Carte#1 en vente près de chez vous! @MarleneSchiappa @HCEfh @dabousquet @FrancoiseNyssen @csaudiovisuel pic.twitter.com/jtXffaNyVI
Enquanto as feministas alegaram que os cartões postais "contribuem para a cultura do estupro, impondo uma imagem degradante das mulheres e ajudando a legitimar e normalizar a violência contra as mulheres", a iniciativa para banir os cartões parecem não ter obtido apoio na mídia social.
#GenerationNonSexiste #StopCultureDuViol
— Femmes solidaires (@Femmessolidaire) 2 de agosto de 2018
Carte#2 En vente près de chez vous! @MarleneSchiappa @HCEfh @RenaudMuselier @Tourisme_PACA @bleuvaucluse pic.twitter.com/IR20rEDyXq
A maioria dos usuários do Twitter não aprovou a ideia, com alguns deles sugerindo que a "histeria" em torno dos cartões postais que apoiariam a "cultura do estupro" deve ser contida.
Faut arrêter l'hystérie là! Les femmes qui posent pour ce genre d'objets pubs ou autre ne sont pas de pauvres filles qui ont besoin de vous, elles font le choix de faire ces photos, vous n'avez pas à imposer à qui que ce soit vos vues à ce sujet, surtout pas aux autres femmes
— zoe draquin (@ZDraquin) 2 de agosto de 2018
Nós precisamos parar com essa histeria! As mulheres que posam para esse tipo de anúncio ou outros não são pobres garotas que precisam de vocês, elas decidiram fazer estas fotos, vocês não vão impor seus ideais em ninguém, especialmente em outras mulheres.
Si une carte sexy vous pose problème ça vous regarde, il faut être tordu.e pour y voir une "culture du viol".
— KidCreole86 (@JohnSpoty) 2 de agosto de 2018
Se um cartão sexual for um problema para vocês, isso é um problema de vocês, vocês distorcem para enxergar a ‘cultura do estupro'.
Alguém disse que os membros do grupo deveriam encontrar algo mais para fazer ao invés de lançar campanhas que "ninguém se importa":
achetez vous une vie.
— wrong turn (@wrongturn666) 2 de agosto de 2018
Arranjem uma vida.
Stop à la culture des gens qui ne savent pas quoi faire de leur vie et comblent ce vide en se lançant dans des combats ridicules dont tout le monde se fout. Offrons leur une gameboy ou n’importe quoi pour les occuper
— ParizMagic (@ParizMagic) 5 de agosto de 2018
Parem com a cultura de pessoas que não sabem o que fazer com suas vidas e preenchem esse vazio embarcando em brigas ridículas que ninguém se importa. Dê a elas um videogame ou qualquer coisa para mantê-las ocupadas.
Merci de poster chaque jours ces cartes postales que je n'aurai jamais vu même si j'étais allé dans une boutique de touriste. Ca c'est du bon boulot les filles! pic.twitter.com/oHuDG63yge
— habeliar (@habeliar) 3 de agosto de 2018
Obrigado por postar aqueles cartões postais, os quais eu nunca teria visto mesmo se eu fosse à loja de presentes todos os dias. Bom trabalho garotas!
Outros sugeriram que o grupo Femmes Solidaires precisaria ser "banido" ao invés dos cartões postais:
oui, je suis pour l'interdiction des femmes solidaires!
— Pachot (@BernardPachot) 3 de agosto de 2018
Sim, eu sou a favor do banimento do Femmes Solidaires!
Oui, il faut interdire cette association 🤢
— jeanjean☝🏻🌞 (@C1cnprehensibl1) 3 de agosto de 2018
Sim, precisamos proibir este grupo.
O valor foi alterado apenas após uma jovem francesa ser agredida em público por ter respondido aos insultos, comentários e assobios de um pedestre. O incidente deflagrou um protesto nacional, com a Ministra de Igualdade de Gênero, Marlene Schiappa, requisitando uma forte responsabilidade política contra o assédio na rua.