Segundo a legislação eleitoral, as chapas completas com os candidatos, vices, alianças ou coligações tinham de ser oficializados até a esta segunda-feira (6). Os 13 candidatos à Presidência da República são, em ordem alfabética: Álvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB), Jair Bolsonaro (PSL), João Amoêdo (Partido Novo), João Goulart Filho (PPL), José Maria Eymael (DC), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Marina Silva (Rede), Vera Lúcia (PSTU).
Em entrevista à Sputnik Brasil, Ricardo Ismael, cientista político e professor de Ciências Políticas da PUC-Rio, disse que apesar de estarem definidas as candidaturas, o cenário ainda é incerto.
Apesar de assumir a incerteza do cenário eleitoral deste ano, Ricardo Ismael contou quais nomes ele acredita que serão os grandes favoritos para chegar ao segundo turno.
"Neste momento, os candidatos que teriam mais chances de chegar ao segundo turno seria o Haddad (PT) [no caso de impugnação da candidatura de Lula], Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), Alvaro Dias (Podemos), Alckmin (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSL). Esses são os mais competitivos e entre eles que vão sair os dois que vão disputar o segundo turno", aposta.
Até esta data, o PT precisará definir se vai realmente insistir na candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde 7 de abril, na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, em função de sua condenação a 12 anos de prisão na ação penal do caso do tríplex do Guarujá (SP).
Ricardo Ismael acredita que, apesar de ser o líder das pesquisas até o momento, não será permitido que Lula dispute as eleições por conta da Lei da Ficha Limpa. Nesse caso, o ex-prefeito de São Paulo provavelmente será o candidato do Partido dos Trabalhadores.
"A possibilidade maior é que Lula não seja candidato por conta da Lei da Ficha Limpa e isso certamente é usado. Tanto que ontem o PT já indicou o Haddad como se já tivesse se preparando para esse plano B", comentou.
Na segunda quinzena deste mês, o TSE se reunirá com os partidos políticos para aprovar o plano de mídia do horário eleitoral gratuito, que entrará no ar nas emissoras de rádio e televisão a partir do dia 31 de agosto. No total, serão 35 dias de propaganda eleitoral no rádio e na televisão, em dois blocos diários, além das inserções ao longo da programação.
Na mesma reunião, que acontece até o dia 24 de agosto, será sorteada a ordem de apresentação de cada candidato no horário eleitoral gratuito. A campanha presidencial vai ao ar às terças, quintas e aos sábados, em dois blocos de 12 minutos e 30 segundos, às 7h e às 12h, em cadeia nacional de rádio, e às 13h e às 20h30, nas emissoras de TV. O tempo de cada partido varia de acordo com o tamanho da bancada de deputados federais e com as legendas que integram a coligação do presidenciável.