Segundo a Agência Espacial Brasileira (AEB), a nova unidade será instalada na região Norte do país. No entanto, o local ainda não está definido. "No meu entendimento, as equipes responsáveis pelo Glonass devem estar atualmente com algum cenário da atuação", explicou Rodrigo Leonardi, coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da AEB.
O Brasil é o maior hospedeiro de Glonass fora da Rússia e já possui quatro estações. Duas na Universidade de Brasília (UnB), uma na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e outra no Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep).
No entanto, Leonardi acredita que uma das unidades de Brasília será transferida para a região Norte. Na capital federal, uma das estações do Glonass é operada por 7 profissionais que se revezam para manter o equipamento funcionando 24 horas por dia, 7 dias por semana. A outra estação é de funcionamento automático e envia as informações para a Rússia.
Rodrigo Leonardi explicou que a instalação demora aproximadamente 8 meses para entrar em operação após decidido o local. "Talvez se demore mais tempo para decidir onde a estação vai ser instalada do que de fato para colocá-la em funcionamento", disse.
Os custos da operação são pagos pela Rússia, inclusive os funcionários. "O Brasil não tem nenhum plano de ter uma constelação própria de satélites de navegação no futuro, a gente sequer teria fôlego para esse tipo de empreitada no nosso programa espacial", afirmou Leonardi.
O coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da AEB defende a parceria entre a Rússia e o Brasil.
"Existem profissionais do país que estão interessados e trabalham com navegação, você pode testar algumas ideias com dados de precisão de uma constelação de navegação. É uma porta de entrada para profissionais brasileiros se envolverem nesse tipo de atividade a um preço muito modesto para o Brasil", explicou.