Falando com a Sputnik Brasil, o embaixador da Federação da Rússia na República de Angola, Vladimir Tararov, falou sobre o objetivo da cooperação com Angola na área espacial, comentou o caso do AngoSat-1 e revelou alguns detalhes e esperanças quanto ao próximo satélite angolano.
"Desde o início que se tratava de um projeto realmente em grande escala, nos propusemos realizar este projeto dada a sua importância regional, que podia unir não apenas toda a região, mas de fato toda a África no início da cooperação espacial", explicou o embaixador à Sputnik.
"Lá foram implementadas as tecnologias mais avançadas. A prova que esta é uma instalação muito eficaz é a seguinte: quando foi lançado o AngoSat-1, ele começou a emitir sinais, e foi perto de Luanda que o sinal foi recebido pela primeira vez. Já depois, em Korolev [Rússia] começaram a coordenar a sua entrada em órbita", disse.
As dificuldades que apareceram durante o projeto estavam também ligadas às sanções, no entanto, elas foram superadas e foi criada uma grande infraestrutura que pode controlar todo tipo de satélites, além disso, foram preparados especialistas de grande profissionalismo que sabem como tudo funciona. O satélite lançado teve importância para telecomunicação e ligação telefônica não apenas em Angola, mas também em outros países, já que cobria um território desde a África do Sul à Itália.
Quanto à futura cooperação nesta área, o embaixador destacou que em 24 de abril de 2018 foi assinado o acordo, e a partir de 25 de abril começou a construção de um novo satélite.
Novo satélite será 200 kg mais pesado que o anterior. Isso significa que terá mais 200 kg de aparelhos. Está previsto que, além das frequências programadas antes, ele terá novas que fornecerão Internet de banda larga de alta velocidade e grande qualidade, algo muito importante para Angola, revelou o embaixador da Rússia nesse país, acrescentando que a construção será completada em três anos.
"Durante esse tempo vamos construir um satélite novo, mais aperfeiçoado e o colocaremos em órbita. Depois de ele entrar em órbita, vamos ajustá-lo. E, seis meses depois, tal como isso funciona habitualmente, vamos entregá-lo à parte angolana para que eles, já usando as suas estruturas, possam controlar todos esses aparelhos", explicou.