Anteriormente, o tribunal turco negou o pedido para libertar o pastor norte-americano Andrew Brunson, preso na Turquia por ter supostamente se envolvido no preparo do golpe de Estado fracassado em 2016 no país.
"Devido a um pastor, os EUA levaram as relações com um país como a Turquia à quase total ruptura. Eles sabem muito bem qual é a nossa postura em relação ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão [proibido na Turquia] e prometem fazer algo, mas não estamos satisfeitos com o que estão fazendo na realidade", assinalou Ibrahim Kalin.
O assessor frisou que "não é apenas um aspecto emocional, estamos falando sobre nossa segurança nacional". Enquanto isso, Kalin assinalou que Ancara continua tentando negociar com Washington quanto aos problemas nas relações entre os dois países.
"Estamos negociando com nossos parceiros norte-americanos, o presidente, nosso embaixador, eu também. Lá estão tentando demonstrar que é a Turquia que não possui uma atitude construtiva, mas isso não passa da propaganda. Estamos prontos para resolver todas as questões através das negociações. Contudo, por hora não agendamos nenhumas conversações entre [Recep Tayyip] Erdogan e [Donald] Trump", afirmou.
Na sexta-feira (10), o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou ter elevado tarifas das importações de alumínio e aço da Turquia, para 20% e 50%, respectivamente, o que provocou uma forte desvalorização da moeda turca, que entrou para a história. Em 24 horas, a lira perdeu quase 20% de seu valor.
Em resposta às ações de Washington, a Turquia anunciou ter elevado os impostos sobre várias importações dos EUA. Além disso, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que a Turquia vai boicotar os produtos eletrônicos dos EUA.