O KELT-9b está localizado a cerca de 620 anos-luz da Terra, na constelação Cisne, ele também é conhecido como "Júpiter ultraquente", pois se trata de um gigante gasoso como Júpiter, porém é maior, tendo o triplo do tamanho e o dobro do diâmetro de Júpiter, além de orbitar extremamente perto de sua estrela-mãe (KELT-9). Ele também apresenta temperaturas que podem ultrapassar os 4.300 graus Celsius. "É tão quente que se assemelha a uma estrela, embora seja um planeta", afirmou Kevin Heng, astrofísico da Universidade de Bern, Suíça, ao Space.com.
Convenientemente, já havia dados sobre a existência dos elementos antes mesmo de o exoplaneta ser analisado pela equipe de Heng. Depois de astrofísicos da Universidade de Genebra utilizarem informações espectrais para procurar hidrogênio na atmosfera do KELT-9b, "eles deixaram dados guardados por não haver motivo para procurar ferro e titânio".
A busca por metais na atmosfera do KELT-9b foi iniciada utilizando dados do Telescópio Galileo e do instrumento espectrógrafo HARPS (Pesquisador de Planeta de Velocidade Radial de Alta Precisão), além disso, Heng e sua equipe contaram com a ajuda de Simon Grimm, um astrofísico da Universidade de Bern, que, segundo Heng, "é (entre outras coisas) um expert na computação das opacidades dos átomos e moléculas".
Um fato interessante é que atualmente o hidrogênio está fervendo a partir da atmosfera do KELT-9b e está sendo sugado para dentro do planeta e da estrela-mãe. Fei Yan, um cientista do Instituto Astronômico Max Planck e líder do estudo, disse ao Space.com que "é possível que os elementos de metal pesado estejam escapando, pois, a saída de hidrogênio pode ‘arrastar' os elementos pesados para um ponto muito alto na atmosfera".
Por fim, Heng afirma ter como objetivo "possuir um completo inventário químico do planeta", além de desejar pesquisar a possível existência de água e obter uma visão do possível clima existente no KELT-9b.