Segundo o jornal, 20% dos candidatos a cargos oficiais abandonam o serviço nos primeiros seis meses e a seleção de 8.500 voluntários previstos no plano para o serviço militar vem enfrentando mais e mais dificuldades com o passar dos anos.
Em particular, a publicação observa uma redução acentuada no número de tanques de 4.500 no final da Guerra Fria para 225 unidades. O dinheiro investido é absolutamente insuficiente para atender as demandas do exército no momento atual. Nesse sentido, para participar de missões da ONU no Afeganistão e no Mali, muitas vezes é necessário que as armas usadas na Europa sejam especialmente preparadas para condições meteorológicas complexas.
Exemplificando, o jornal cita a participação da Bundeswehr na operação afegã de 2001 a 2014. Para fornecer ao contingente alemão todo o necessário, o exército foi transformado em um "armazém de peças de reposição", perdendo a capacidade de defender a própria Alemanha e realizar tarefas dentro do bloco da OTAN, reporta a publicação.
A situação surgiu durante as ações do exército na Força-Tarefa Conjunta de Alta Preparação da OTAN, para o qual os militares alemães tiveram que coletar o transporte literalmente pelo país, escreve o jornal.
Anteriormente, o tabloide Bild, referindo-se ao relatório do Tribunal de Contas alemão, noticiou que a ministra da Defesa, Ursula von der Leyen, foi acusada de ter escondido os defeitos do equipamento militar e "embelezar as estatísticas". Segundo a publicação, no ano passado, nenhum submarino alemão estava em condição adequada para operação, era possível usar menos da metade das fragatas e tanques e apenas um em cada três helicópteros de combate.
Além disso, as corvetas, que a ministra afirmava ter "prontidão de combate", não dispunham de armas, os navios não possuíam mísseis guiados e havia escassez da tripulação nos submarinos.