A empresa da indústria militar Lockheed Martin recebeu uma encomenda da Força Aérea dos EUA com o pedido de criar um protótipo do novo míssil aerobalístico hipersônico designado como ARRW (Air-Launched Rapid Response Weapon, ou seja, Arma de Resposta Rápida com Lançamento Aéreo), comunica o portal Defense News.
Além da Rússia e EUA, outros países também se debruçam sobre a construção de mísseis balísticos hipersônicos, nomeadamente Israel (Rampage) e a China (CH-AS-X-13).
Em uma entrevista para o serviço russo da Rádio Sputnik, o professor da Universidade do Ministério da Defesa, Vladimir Karyakin, expressou a opinião de que os prazos anunciados pelos construtores norte-americanos são completamente irreais.
"Claro que até 2021 é um prazo extremamente curto para criar um tipo de armamento completamente novo, neste caso os norte-americanos são otimistas demais. Mas a corrida armamentista tem lugar, e temos que tomar em consideração que nossos possíveis rivais vão tentar reduzir o atraso. Por isso, claro, eles vão tentar nos alcançar e preencher essa lacuna. Vale esperar e ver o que eles conseguirão fazer. Acho que serão precisos no mínimo cinco anos para seu desenvolvimento e testes. Por isso, eles não poderão se igualar a nós em um futuro breve. Além disso, nossa indústria não está parada, ela vai aperfeiçoar esses mísseis", disse.
Ao se dirigir à Assembleia Federal da Rússia em março, o presidente russo, Vladimir Putin, apresentou novos tipos de armamentos russos que não têm análogos no mundo, inclusive o sistema de mísseis hipersônicos Kinzhal. De acordo com o chefe de Estado russo, esta arma, capaz de atingir a velocidade de Mach 10 (10 vezes a velocidade do som), é capaz de passar por todos os sistemas existentes de defesa antiaérea e antimíssil, transportando ogivas nucleares e convencionais a distâncias de até 2.000 quilômetros.