Kiev poderia usar Donbass como pretexto para cancelar eleições em 2019, avisa Donetsk

© REUTERS / Gleb GaranichMilitares ucranianos sobre um blindado perto de Donetsk, foto de arquivo
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As autoridades da Ucrânia podem lançar uma ofensiva em Donbass para obter um motivo legal para cancelar as eleições presidenciais previstas para 2019.

Tal opinião foi expressa por Eduard Basurin, vice-chefe do comando operacional da República Popular de Donetsk (RPD).

"A análise das ações do adversário tomadas no último mês permite falar sobre a realização, por parte do comando político-militar ucraniano, de um complexo de medidas destinadas a cancelar as eleições presidenciais na Ucrânia previstas para março de 2019", afirmou Basurin.

Nas palavras dele, o comando militar ucraniano propaga informações falsas sobre um grande número de violações do regime de cessar-fogo em Donbass.

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De acordo com o vice-chefe do comando operacional, tais ações são tomadas para "mostrar aos eleitores ucranianos e à comunidade internacional que o conflito [em Donbass] está em fase ativa e não parou nem por um dia".

"Não excluímos que a parte ucraniana violará premeditadamente os Acordos de Minsk e lançará ofensivas em várias partes da frente para confirmar suas palavras", destacou.

Ao falar sobre a vantagem que as autoridades da Ucrânia terão nesse caso, Basurin sublinhou que isso permitirá introduzir a lei marcial em várias partes do país.

"Esse regime, introduzido em pelo menos uma região da Ucrânia, automaticamente cancela a campanha eleitoral e, como consequência, frustra a realização das eleições em todo o país em março de 2019", explicou.

Em abril de 2014, as autoridades ucranianas começaram uma operação militar contra as repúblicas autoproclamadas de Donetsk e Lugansk, que declararam independência depois do golpe de Estado na Ucrânia em fevereiro de 2014. Segundo os últimos dados da ONU, mais de dez mil pessoas já foram vítimas do conflito.

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