Tal opinião foi expressa por Eduard Basurin, vice-chefe do comando operacional da República Popular de Donetsk (RPD).
"A análise das ações do adversário tomadas no último mês permite falar sobre a realização, por parte do comando político-militar ucraniano, de um complexo de medidas destinadas a cancelar as eleições presidenciais na Ucrânia previstas para março de 2019", afirmou Basurin.
Nas palavras dele, o comando militar ucraniano propaga informações falsas sobre um grande número de violações do regime de cessar-fogo em Donbass.
"Não excluímos que a parte ucraniana violará premeditadamente os Acordos de Minsk e lançará ofensivas em várias partes da frente para confirmar suas palavras", destacou.
Ao falar sobre a vantagem que as autoridades da Ucrânia terão nesse caso, Basurin sublinhou que isso permitirá introduzir a lei marcial em várias partes do país.
"Esse regime, introduzido em pelo menos uma região da Ucrânia, automaticamente cancela a campanha eleitoral e, como consequência, frustra a realização das eleições em todo o país em março de 2019", explicou.
Em abril de 2014, as autoridades ucranianas começaram uma operação militar contra as repúblicas autoproclamadas de Donetsk e Lugansk, que declararam independência depois do golpe de Estado na Ucrânia em fevereiro de 2014. Segundo os últimos dados da ONU, mais de dez mil pessoas já foram vítimas do conflito.