Soros desacata leis filantrópicas dos EUA e merece escrutínio, diz analista de Wall Street

© REUTERS / Luke MacGregorBilionário George Soros falando no Clube Aberto Russo (Open Russia Club) em Londres
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O bilionário norte-americano de origem húngara, George Soros, desrespeitou repetidamente as leis filantrópicas dos EUA, disse o jornalista e analista de Wall Street, Charles Ortel, em entrevista à Sputnik, explicando por que o magnata intensificou drasticamente suas atividades de representação sob a presidência de Donald Trump.

"A vasta rede de 'instituições de caridade' apoiadas por George Soros de 'fachada falsa', que realmente parecem ser organizações de ação política, merece escrutínio rigoroso de nações como EUA e Rússia, entre outras, que provavelmente foram severamente danificadas ao longo de muitos anos", disse o jornalista investigativo.

Em 19 de agosto, o Judicial Watch twittou que "descobriu informações bombásticas mostrando que o governo Obama enviou fundos do exterior para uma organização apoiada pelo bilionário George Soros — que usou o dinheiro para financiar atividades políticas de esquerda beneficiadoras do governo socialista da Albânia", sinalizando que continua vigiando o magnata.

​Anteriormente, um órgão de fiscalização revelou que, sob o governo Barack Obama, foi usado dinheiro dos contribuintes para financiar controversas atividades políticas do bilionário na Guatemala e Macedônia.

De acordo com Ortel, George Soros desrespeitou as leis filantrópicas dos EUA de várias maneiras por décadas, através da fundação Sociedade Aberta (Open Society).

"Primeiramente, as instituições de caridade dos EUA [e ele também apoia muitas instituições estrangeiras] devem ser rigidamente controladas a partir de bases localizadas em território americano", afirmou o jornalista.

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"Segundo, elas não podem se envolver em atividades ilegais de qualquer tipo. Terceiro, elas não podem se envolver em atividades políticas partidárias. [Especialmente] sob uma lei americana que raramente é aplicada, os cidadãos não devem manter negociações não autorizadas com governos estrangeiros com os quais os Estados Unidos estão em disputa."

Ortel ressaltou que Soros "tem sido um doador prolífico para causas políticas dentro e fora dos Estados Unidos" e aparentemente violou todos os regulamentos acima mencionados.

Soros intensificando atividades de lobby

Enquanto isso, Soros vem impulsionando suas atividades de lobby no Congresso dos EUA, gastando o valor recorde de US$ 16,2 milhões (R$ 64 milhões) durante o primeiro ano de Trump, segundo a The Washington Free Beacon. Para fins de comparação, entre 2002 e 2012, a organização sem fins lucrativos de Soros gastou US$ 19,1 milhões (R$ 75 milhões) em despesas com lobby.

Segundo o analista, isso indica que a influência de Soros e de seus colegas liberais tem diminuído constantemente, o que requer que eles aumentem o lobby.

"Nos últimos anos, Soros e outros amigos globalistas politicamente ativos podem estar realmente queimando algumas de suas consideráveis fortunas", disse Ortel.

"A crescente influência da mídia social e a influência decadente da mídia significam que pode ser mais difícil conduzir as massas de opinião pública a resultados desejados pelos doadores partidários, sejam esquerdistas como Soros […] ou populistas como Trump."

Simultaneamente, nos Estados Unidos e em outras nações, as pessoas estão percebendo que Soros e outros "defensores do globalismo desregulado" certamente se enriqueceram, observou o analista, acrescentando que as classes trabalhadoras foram em grande parte deixadas de fora.

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Ortel expressou esperança de que "abusos de caridade e interferência estrangeira indesejada nas eleições nacionais em breve serão expostos, processados e, em seguida, regulados na máxima extensão possível".

No entanto, parece que Soros não vai desistir: "Antes das eleições, Soros contribuiu com pelo menos US$ 15 milhões (R$ 59 milhões) para apoiar candidatos e causas democratas", anunciou The New York Times em julho. Além disso, o veículo de mídia também foi recentemente listado entre os beneficiários dos magnatas: Soros investiu US$ 3 milhões (R$ 12 milhões) em ações do jornal neste ano.

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