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Nova bomba-relógio ameaça maiores economias mundiais, advertem analistas

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Segundo um estudo "Viver até 100 anos – como podemos pagar por isso?", elaborado pelo Fórum Econômico Mundial (FEM), essa bomba explodirá quando o déficit de dinheiro para as aposentadorias nas maiores economias do mundo atingir 400 bilhões de dólares (R$ 1,64 trilhões).

De acordo com a investigação, o país mais afetado será os EUA. Cada ano seu déficit aumenta em cerca de três bilhões de dólares (R$ 12 bilhões), cifra equivalente a cinco orçamentos de defesa anuais. Washington não poupa nas despesas para cobrir as necessidades do Pentágono.

Embora o estudo preveja o colapso do financiamento das aposentadorias daqui a 30 anos, já atualmente o nível de pessoas falidas com mais de 65 anos nos EUA está crescendo a níveis sem precedentes, sublinhou Han Yik, chefe da divisão de Investidores Institucionais do FEM, entrevistado pela BBC Mundo.

O analista advertiu que "o pior cenário seria um triângulo invertido, onde um grande número de pessoas idosas enfrenta a falência ou a pobreza e é mantido por uma população jovem cada vez menor". Isso levaria a uma migração de jovens para outras partes do mundo em busca de melhores condições econômicas.

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Além dos EUA, entre os países mais afetados no futuro estarão a China, a Índia, o Reino Unido e o Japão, ou seja, os países onde cada vez mais gente vive até aos 100 anos.

Para reformar os sistemas de aposentadorias nesses países, os autores do estudo propõem prestar mais atenção às poupanças individuais e considerar o aumento da idade de aposentadoria.

Outra medida possível é automatizar a poupança individual de aposentadoria. Por exemplo, a partir de 2019 no Reino Unido 8% do salário deverão ser deduzidos de maneira automática para financiar as aposentadorias.

No Chile, as pessoas reservam 10% de sua renda mensal em suas contas individuais de aposentadoria, administradas por empresas privadas.

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Entretanto, continua sendo necessário garantir uma aposentadoria digna para os grupos vulneráveis da sociedade, que carecem de possibilidade de fazer poupanças, por isso os países precisam de mecanismos de poupança comum. No Chile existe um fundo público para as pensões mínimas, destinadas à assistência às camadas mais vulneráveis da sociedade.

No entanto, outros países como a Argentina, a Venezuela ou o Brasil, segundo Han Yik, estão buscando soluções para lidar com déficit no pano de fundo de uma profunda crise econômica.

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