Na terça-feira, por ocasião do quinto aniversário de um ataque de armas químicas em 2013 na localidade síria de Ghouta Oriental, o Reino Unido, os Estados Unidos e a França divulgaram um comunicado alertando que "responderão apropriadamente a qualquer uso futuro de armas químicas pela Síria".
A declaração também pediu aos partidários do presidente sírio Bashar Assad que "usem sua influência para defender a norma global contra o uso de armas químicas". Na quarta-feira, o conselheiro de segurança nacional dos EUA, John Bolton, prometeu responder "muito fortemente" se o governo sírio usasse armas químicas.
"Em primeiro lugar, a Síria se livrou do arsenal químico em 2013. Nós nunca usamos e não usaremos armas químicas", afirmando Haddad, comentando as declarações norte-americanas.
O diplomata sírio ainda chamou de falsidade as declarações enganosas que estavam ressoando a partir do Ocidente.
"Essas declarações não vão passar, elas têm um pretexto para tudo — o uso de armas químicas, e assim que nosso Exército, graças ao apoio de países amigos, avança para libertar nossas terras, o Ocidente e os Estados Unidos imediatamente querem intervir para atacar a Síria, a fim de enfraquecer a Síria e prolongar a guerra", explicou Haddad.
No sábado, o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, major-general Igor Konashenkov, disse que militantes na Síria estavam preparando uma provocação para acusar Damasco de usar armas químicas contra civis na província de Idlib.
No domingo, Konshenkov declarou que a provocação foi planejada para os próximos dois dias no assentamento de Kafr Zita, com a ajuda de especialistas de língua inglesa. O navio USS Sullivan, com 56 mísseis de cruzeiro a bordo, e o bombardeiro estratégico B-1B da Força Aérea dos Estados Unidos, com 24 mísseis de cruzeiro, foram ambos remanejados mais perto da região há vários dias.
Konashenkov observou que as declarações infundadas de funcionários ocidentais podem ser uma confirmação indireta da preparação de outro ato de agressão contra a Síria.