A RealClearInvestigations descobriu que o laptop de Weiner, que continha cerca de 694 mil e-mails relacionados ao mau uso de informações confidenciais por Clinton, não foi investigado completamente — apesar de ter sido considerado importante o bastante para Comey reabrir o inquérito no FBI, algo considerado decisivo na derrota da democrata.
Comey disse ao Departamento de Justiça que soube dos e-mails no laptop de Weiner no início de outubro de 2016, mas admitiu ser possível que ele soubesse disso desde setembro, quando procuradores em Nova York que investigavam aventuras sexuais de Weiner com menores de idade informaram ao FBI que haviam encontrado um grande cache de e-mails que podiam ser relevantes para a investigação da agência sobre o uso de um servidor privado por Clinton.
Embora reconhecendo que divulgar os e-mails de Clinton no laptop de Weiner em relação a Abedin "traria tempestade", a opção de não divulgar a notícia ao Congresso teria sido "catastrófica", disse Comey ao Departamento.
Dois dias depois, em 30 de outubro, o FBI obteve um mandado de busca no laptop, de acordo com a página dois do relatório do Departamento. Segundo as fontes policiais da RealClearInvestigation, o FBI não levou os e-mails do laptop de Weiner tão a sério quanto Comey alegou ao falar com o inspetor-geral Michael Horowitz.
"Não houve uma investigação real e nenhuma busca real. Foi tudo apenas se mostrar, para fazer parecer que houve uma investigação antes da eleição", disse o Michael Biasello, um veterano de 25 anos do FBI.
Três funcionários do FBI concluíram a investigação do laptop em uma única sessão de 12 horas no dia 5 de novembro, de acordo com o RCI.