Com base nessa hipótese, os dois continentes se tornarão um megacontinente: a Euráfrica. Durante esse processo, o Mediterrâneo desaparecerá completamente para ser substituído por uma cadeia de montanhas tão grande como os Himalaias, relata o The Economist.
Essa tese sugere que a massa terrestre, a Pangeia, separou-se a aproximadamente 200 milhões de anos atrás, o que significa que a Terra está atualmente no meio de um ciclo. Os próximos 50 milhões de anos são relativamente fáceis de prever, e a maioria dos geólogos concorda que o Mediterrâneo desaparecerá depois da união de suas duas margens.
No entanto, o destino de outros mares e oceanos continua sendo objeto de debate.
A previsão mais conhecida é de Christopher Scotese, geólogo da Universidade do Texas (EUA). Sua teoria sugere que o Atlântico, que atualmente está crescendo, eventualmente começará a reverter sua tendência. Durante os próximos 200 milhões de anos, o oceano fechará devagar e os EUA colidirão com a Euráfrica para formar o que virá a ser chamado de Pangeia Próxima.
Mas outros cientistas consideram que pode acontecer exatamente ao contrário: o Atlântico continuaria a crescer enquanto o Pacífico se fecharia até que a Califórnia colidisse com o Extremo Oriente da Ásia.
Por sua vez, João Duarte, da Universidade de Lisboa, acredita que tudo indica que os oceanos Atlântico e Pacífico poderiam ser fechados e que a Ásia seria dividida em dois continentes ao longo da fronteira entre a Índia e o Paquistão. Um novo oceano Panasiático se formaria nesse espaço, tornando-se o maior oceano do mundo, enquanto a Aurica – conjunto de todas as massas de terra do mundo – nasceria no meio do que antes era o Pacífico.
Deve-se notar que é improvável que a humanidade refute ou confirme essas teorias, uma vez que ela provavelmente terá sido extinta nos próximos 50 milhões de anos.