Almirante revela objetivos da presença da esquarda naval russa no Mediterrâneo

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Navio ligeiro de mísseis Grad Sviyazhinsk dispara míssil Kalibr - Sputnik Brasil
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O aumento do agrupamento da Marinha russa na bacia do Mediterrâneo se destina a prevenir o possível ataque de mísseis dos EUA e da OTAN às posições do exército governamental sírio, anunciou à Sputnik na terça-feira (28) o ex-comandante da Frota do Báltico, almirante Vladimir Valuev.

Anteriormente, várias mídias russas divulgaram uma informação, segundo a qual a Rússia começou o posicionamento no mar Mediterrâneo do mais forte agrupamento de navios de guerra de todo o período de participação no conflito sírio. Ele consiste em dez navios, incluindo navios equipados com mísseis de cruzeiro Kalibr, bem como dois submarinos.

"A chegada de um agrupamento tão grande da Marinha é necessária para prevenir uma agressão contra a Síria, inclusive para neutralizar possíveis ataques com mísseis de cruzeiro Tomahawk contra objetivos da infraestrutura síria", disse Valuev.

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O almirante sublinhou que a presença dos navios de guerra russos nesta região corresponde à doutrina naval do país e tem como objetivo garantir a segurança da Síria.

Anteriormente, o representante oficial do Ministério da Defesa russo, major-general Igor Konashenkov, anunciou que, segundo dados de fontes independentes, terroristas do grupo Tahrir al-Sham (proibido na Rússia e em vários países) estão preparando uma provocação para acusar Damasco da aplicação de armas químicas contra civis na província de Idlib, na Síria.

Para ele, a coalizão ocidental chefiada pelos EUA planeja usar essa provocação como um pretexto para atacar objetivos governamentais sírios. Konashenkov assinalou que para esse fim ao golfo Pérsico chegou vários dias atrás o destroier norte-americano The Sullivans com 56 mísseis de cruzeiro a bordo, além disso na base aérea de Al Udeid, no Qatar, foi posicionado um bombardeiro estratégico B-1B da Força Aérea dos EUA com 24 mísseis de cruzeiro "ar-terra" AGM-158 JASSM.

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O especialista em ciências políticas Roland Bidzhamov comenta que uma provocação de simulação de um ataque químico é bem possível, e não seria a primeira vez. Ele destaca que "cada vez que há bases para que se estabeleça a paz na Síria, os americanos tentam destruí-las".

"Não há lugar a dúvidas que o posicionamento da nossa esquadra é um fator moralizante. Apenas assim pode se interpretar, e provavelmente isso parará os americanos", concluiu o especialista.

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