"Essa parte do firmamento contém um grande número de estrelas brilhantes, o que tornou as buscas do planeta anão extremamente difíceis. De fato, estávamos à procura de uma agulha muito opaca em um palheiro muito brilhante", explicou Hal Weaver, um dos líderes da missão Hal Weaver.
A sonda New Horizons já percorreu cerca de três quartos de sua rota até o próximo alvo, planeta anão 2014 MU69, alcançando órbita do planeta no início do ano que vem. No momento, o aparelho se encontra a uma distância de aproximadamente 160 milhões de km do "percursor de Plutão", o que se assemelha à distância entre a Terra e o Sol.
As observações do 2014 MU69, que cientistas da NASA efetuaram no ano passado, revelaram que este corpo celeste representa um planeta duplo, ou seja, um par de asteroides relativamente grandes com diâmetro entre 15 a 20 km cada, o que os torna análogos de Fobos e Deimos, satélites de Marte.
As imagens captadas pela sonda entraram para a história, pois são os registros mais distantes do nosso Sol, quebrando o recorde da imagem Pálido Ponto Azul, tirada em 1990 pela sonda Voyager 1, de uma distância de 6,05 bilhões de quilômetros da Terra.
Os cientistas acreditam que o encontro do planeta anão ajude os pilotos da missão a se preparar melhor para a aproximação da sonda com 2014 MU69 e alterar o programa de observações, com chances de serem tiradas novas fotos do Ultima Thule para revelar detalhes interessantes de seu relevo, similares ao “coração” de Plutão.