O porta-voz do Ministério da Defesa, Coronel Wu Qian, afirmou que não são verdadeiras as informações divulgadas no jornal de Hong Kong, South China Morning Post e outros jornais, de que centenas de soldados do Exército chinês iriam integram uma base no leste do Afeganistão.
A China tem uma longa fronteira com o Afeganistão na região remota de Wakhan, e desconfia em relação à violência e instabilidade crônica que transborda para a região chinesa de Xinjiang.
"A China e o Afeganistão têm cooperação normal na área militar e de segurança", disse aos repórteres em seu um comunicado mensal.
O embaixador do Afeganistão na China, Juanan Mosazai, disse esta semana que Pequim está ajudando o Afeganistão a montar uma brigada de montanha para melhorar as operações contra o terrorismo, mas que nenhuma tropa chinesa seria colocada no território afegão.
"Enquanto o governo afegão aprecia a assistência chinesa e nossas forças militares estão trabalhando juntas e estreita coordenação para a utilização desta assistência, não haverá tropas militares chinesas de nenhum tipo envolvidas neste processo em solo afegão", afirmou Mosazai.
A China procurou aumentar sua presença no Afeganistão, incluindo em relação ao diálogo com o Talibã, após 17 anos de envolvimento do Ocidente, que mesmo assim manteve o país em guerra.
Apesar da negação sobre a existência de atividade militar na área, segundo aponta a agência Associated Press (AP), há relatos de que veículos chineses estariam operando em Wakhan, entre as montanhas de Hindu Kush, ao sul do Tajiquistão e ao norte do Paquistão.
Junto com a assistência militar, a China tem oferecido equipamento e treinamento ao Afeganistão e um esforço de garantir a segurança de suas fronteiras e aumentar sua influência econômica no país, segundo a AP.