Duas ações judiciais separadas — uma em Chipre e outra em Israel — acusam a empresa israelense NSO Group de vigilância extrajudicial. Um dos processos também alega que jornalistas mexicanos e ativistas de direitos humanos eram alvos da vigilância do Grupo NSO a pedido de seu governo.
O Sputnik News relatou anteriormente que o spyware, chamado Pegasus, também foi usado contra um funcionário da Arábia Saudita e da Anistia Internacional que estava trabalhando em direitos humanos no reino.
A tentativa de hackear o funcionário da Anistia veio com um link que se apresentava como um comunicado de imprensa da Anistia; no caso dos Emirados Árabes Unidos, uma afiliada do NSO Group recomendou mensagens como "o Ramadã está perto — descontos incríveis ".
Mas uma vez que o usuário clica no link, ele está basicamente condenado. O Pegasus secretamente permite que o hacker analise mensagens de texto, rastreie e grave chamadas telefônicas, roube senhas, rastreie coordenadas de GPS do dispositivo e revise informações das contas do Gmail, Facebook, WhatsApp, Telegram e Skype.
O Grupo NSO jurou ao longo dos anos que o seu software é usado apenas para vigilância contra terroristas e criminosos, mas documentos no processo, bem como declarações e testemunhos da Anistia Internacional de vítimas no passado, indicam o contrário.
As autoridades dos Emirados Árabes Unidos também queriam vigiar um príncipe saudita encarregado da guarda nacional da monarquia e o primeiro-ministro libanês Saad Hariri.