Segundo Gleisi, tal medida configura mais uma violência judicial contra o ex-chefe de Estado e também contra a grande maioria dos eleitores brasileiros, que pretendem votar em Lula no pleito de outubro deste ano.
"O julgamento feito às pressas passa por cima de ritos previstos na lei, como as alegações finais, diferentemente do que ocorreu com outras candidaturas impugnadas, como as de Geraldo Alkmin e Jair Bolsonaro, baluartes do golpe do impeachment. A defesa de Lula, protocolada ontem à noite, tem cerca de 200 páginas contendo provas e argumentos que certamente não foram lidos com a devida atenção pelos ministros, dada a evidente falta de tempo para tal", disse ela.
Ainda de acordo com a presidente do PT, já há algum tempo, "setores do Judiciário brasileiro vêm tratando Lula de forma parcial e discriminatória, inclusive nas cortes superiores. Contra ele, tudo se torna possível, até os mais flagrantes atropelos ao direito de defesa, às normas processuais, à Constituição".
Gleisi defende que o ex-presidente tem todo o direito de se candidatar, como determinou o próprio Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas, enquanto "o povo brasileiro tem o direito de votar em que melhor o representa".