Segundo relatos, para isso é utilizado um software israelense. A fonte no ministério insiste na necessidade de investigar e punir os responsáveis pela violação da lei internacional.
Segundo ele, os primeiros casos foram registrados em 2012 e para a espionagem foram usados programas israelenses. Hackers dos Emirados Árabes Unidos têm pirateado a correspondência e websites de políticos e funcionários do Qatar desde 2012.
"O objetivo disso é um ataque informacional contra o emir do Qatar e políticos para denegrir sua reputação", disse o acadêmico.
O propósito final é derrubar o governo qatarense que não interessa à Arábia Saudita, que quer um Estado obediente, como era antes de 1995. Por sua vez, o Qatar tem seus próprios interesses e seu rumo é perigoso e incômodo, explicou o especialista.
"Consideremos a guerra no Iêmen. O Qatar não faz parta da chamada 'coalizão árabe' que bombardeia o Iêmen. Na verdade, essa é uma coalizão da Arábia Saudita com os Emirados, que comete genocídio contra o pobre povo iemenita. É por isso que o Qatar se retirou imediatamente dessa associação militar para não assumir a culpa por esses crimes", disse Ali al Heil.
Há mais de um ano que os serviços secretos dos Emirados Árabes Unidos usam programas de espionagem israelenses, que permitem usar os smartphones para vigiar os opositores do regime. Isso, de acordo com o New York Times, foi revelado durante a análise de duas demandas judiciais movidas em Israel e Chipre em nome de cidadãos do Qatar e de jornalistas mexicanos, que estavam sendo espionados por meio da introdução em seus celulares de programas de espionagem israelenses denominados Pegasus.