O Ministério da Defesa da Rússia informou que os Tu-95 realizaram voos de rotina sobre as águas neutras do oceano Ártico, mares de Okhotsk e de Bering, acrescentando que, em certas partes da rota, os aviões russos foram escoltados por dois caças F-22 dos EUA.
"Qualquer parte está interessada em controlar o voo de bombardeiros estratégicos perto de seu território, isso porque estes podem transportar mísseis com munições ou bombas nucleares. Então, a questão não é se alguém está monitorando o voo de uma aeronave potencialmente hostil, mas como isso é feito e se está de acordo com as normas e regras geralmente aceitas", comentou Podberezkin.
Nesse quesito, segundo o analista, os norte-americanos frequentemente violam essas normas, fazendo manobras perigosas e provocando a tripulação dos bombardeiros.
"As aeronaves, como os caças F-22 Raptor ou F-35, foram inicialmente projetadas para não serem detectadas – elas têm uma pequena superfície de dispersão, até meio metro, o que pode provocar uma reação da nossa parte", explicou.
Segundo o comunicado do ministério russo, a aviação naval e de longo alcance realiza regularmente voos sobre as águas neutras do oceano Ártico, Atlântico, Pacífico e mar Negro. Todos os voos correspondem às regras internacionais e não violam as fronteiras de outros Estados.
Da última vez, caças norte-americanos levantaram voo para interceptar bombardeiros estratégicos em maio deste ano.