Segundo a edição, as remessas de armas terminaram em julho deste ano e eram entregues pelos serviços de inteligência de Israel através de três portões no muro existente nas Colinas de Golã.
De acordo com vários militantes, entrevistados pela mídia, além de Israel, eles recebiam ajuda militar e financeira de países como o Qatar, a Arábia Saudita, a Turquia e os Estados Unidos, mas sublinham que a assistência de Tel Aviv comparada com a dos outros era muito pequena.
Mais tarde, supostamente para esconder a fonte de assistência, Israel começou a entregar armas e munições de outra origem, incluindo iranianas, provenientes de um carregamento que havia interceptado em 2009.
A notícia da Foreign Policy vem logo após o controverso artigo do The Jerusalem Post. Na terça-feira (4), o jornal israelense apagou sem explicação seu artigo detalhando uma conferência de imprensa em que altas patentes das Forças de Defesa de Israel (FDA) confirmaram ter fornecido armas aos rebeldes islamistas na parte síria das Colinas de Golã, dois terços das quais foram ocupadas ilegalmente por Tel Aviv em 1967.
Segundo a matéria apagada, os militares israelenses admitiram ter apoiado sete grupos antigovernamentais sírios com munições e armas ligeiras. Porém, a nova investigação do Foreign Policy eleva este número para 12.
Os militantes esperavam que, em troca de seus serviços, Israel interviesse caso o Exército da Síria avançasse na região.
Porém, sublinha o Foreign Policy, Tel Aviv não interveio, deixando os grupos rebeldes sem assistência.
"É uma lição que não nos esqueceremos sobre Israel. Israel não se importa com […] a gente. Não se importa com a humanidade. A única coisa com que se importa são seus próprios interesses", disse um dos militantes anônimos, entrevistado pela revista.
Muitos dos militantes teriam pedido asilo a Israel mas não o receberam, enquanto outros acabaram se juntando ao Exército da Síria, segundo o artigo.