"Em minha opinião, se os EUA vão decidir ou não impor sanções contra a Índia, depende principalmente da situação política interna dos próprios Estados Unidos. De fato, essa possibilidade ainda existe e em suas declarações recentes o chefe do Pentágono, James Mattis, chamou atenção para isso mais uma vez", comentou.
O cientista político observou que a introdução de sanções por Washington contra Nova Deli afetará negativamente o ritmo de desenvolvimento da parceira bilateral e, em médio prazo (10 a 15 anos), terá consequências negativas para ambos os países.
"Trata-se de um desenvolvimento extremamente desfavorável dos eventos, especialmente porque as sanções provam repetidamente sua ineficiência", acrescentou.
Em geral, Unnikrishnan apreciou o diálogo realizado entre a Índia e os EUA, o que permitiu que as partes discutissem um conjunto de contradições acumuladas e avançassem na resolução de algumas delas.
"Penso que é prudente discutir sobre o desenvolvimento de um novo mecanismo de cooperação entre a Índia e os Estados Unidos", concluiu o analista indiano.
A primeira rodada do diálogo ministerial 2+2 aconteceu na quinta-feira (6) em Nova Deli. O governo indiano foi representado pela ministra da Defesa Nirmala Sitharaman e pela ministra das Relações Exteriores Sushma Swaraj. E os EUA, pelo chefe do Pentágono James Mattis e o secretário de Estado Mike Pompeo.
Conforme reportado na sexta-feira (7), citando informações de uma fonte no Ministério das Relações Exteriores da Índia, as partes concordaram sobre eficácia do novo mecanismo e decidiram realizar reuniões anualmente. A próxima rodada do diálogo ministerial 2+2 será realizada em 2019 nos EUA, observou a fonte.