De acordo com a consultoria, o evento "reforça as chances" do candidato do PSL. "Como tal, estamos aumentando as chances dele de chegar a um segundo turno de 60% a 70%", analisa.
"O ataque, no entanto, reforçará a posição de Bolsonaro em algumas frentes diferentes. Primeiro, aprofundará um ambiente político já altamente polarizado, caracterizado por níveis profundos de desconfiança pública em relação às principais instituições políticas, incluindo a mídia (…). Este evento irá atuar para mobilizar ainda mais sua base", diz o relatório.
Alckmin é quem mais perde
A Eurasia cita ainda dois outros grandes motivos para aumentar as chances de Bolsonaro. O primeiro deles seria a exposição midiática da figura do candidato, tempo que compensaria os parcos 8 segundos no horário eleitoral. O segundo é a incapacidade de Geraldo Alckmin — que luta por votos importantes no mesmo espectro ideológico do capitão — em desconstruir e criticar o candidato, ao menos enquanto ele estiver internado.
"Como resultado, a probabilidade de Bolsonaro vencer em nossa escala de chances aumenta de 26% para 31%, e as chances de vitória de Alckmin caem para 13%. Isso também altera as chances de nossa categoria de candidatos", avalia a Eurasia.
Haddad pode ter vida difícil no 2º turno
"Em vez de entrar no segundo turno com uma taxa maior de rejeição, Bolsonaro pode estar em uma posição mais forte para enfrentar o PT em um 2º turno se ele não tivesse sido atacado. (…) Dado o tempo até o segundo turno e o fato de o PT ter se fortalecido nas pesquisas no mês passado, porém, seria prematuro levantar as chances de Bolsonaro nesse jogo", conclui a análise.