Em setembro, a rupia indonésia atingiu seu valor mínimo dos últimos 20 anos. O rand sul-africano não goza de melhor situação e o peso argentino perdeu quase 50% de seu valor. O valor da lira turca atingiu seu mínimo histórico.
"O dólar é responsável por mais de 60% do comércio mundial de divisas. Por isso o problema está em como as outras moedas interagem com a dos EUA", explicou ele.
O dólar pressiona o yuan. A taxa de câmbio da moeda chinesa é influenciada pelas expectativas pessimistas dos investidores provocadas pelo conflito comercial entre a China e os Estados Unidos. Os dados também influenciam a produção nacional de ambos os países, acrescentou o especialista. Mas, em geral, as flutuações na taxa de câmbio permanecem dentro da normalidade. "De modo nenhum se trata de flutuações grandes", disse ele.
O que significa "ajuste anticíclico" sabe apenas o Banco Central chinês. A única coisa que fica clara é que essas medidas são levadas em conta pelos reguladores financeiros chineses, ao calcularem a taxa de câmbio do yuan, e que são adotadas para evitar a volatilidade de curto prazo.
A China já tomou essas medidas várias vezes em tempos de instabilidade monetária e agora as adotou de novo. Portanto, não é de esperar que o yuan continue caindo, sublinhou o analista.
"Então, por enquanto não há motivo para pensar que o yuan continue caindo por razões internas […] Outra coisa é como vão se comportar os investidores. A prática mostrou que suas decisões não são tomadas apenas dependendo da situação de determinados países em desenvolvimento, mas também – e em maior medida – dependendo da situação financeira nos EUA", conclui o analista.