Um pequeno navio russo especializado em missões de inteligência, o Yuri Ivanov, entrou recentemente no Mediterrâneo. Obviamente, a composição precisa do equipamento desse navio está classificada.
Os comandos dos EUA e de seus parceiros da OTAN entendem a importância desse navio, por isso no Canal da Mancha o Yuri Ivanov foi acompanhado por um caça-minas britânico. Além disso foi escoltado pelo navio francês Tethys.
"O navio de reconhecimento analisa informações de intercepção de comunicações e os dados de inteligência de sinais. Com base em tudo isso, o grupo de análise pode revelar onde e quando será realizado um ataque com armas de precisão", explicou o vice-comandante da Força Aérea aposentado, tenente-general Aitech Bizhev.
É precisamente esse tipo de ataque que os EUA estão preparando agora na Síria, observam os autores.
Segundo o especialista militar, o Yuri Ivanov é um navio especial que permite "ver muito longe, mais além do Mediterrâneo". Supõe-se que, em caso de um lançamento de mísseis Tomahawk contra a Síria, o navio poderia rapidamente analisar a telemetria dos mísseis e definir os alvos para a defesa aérea síria. Além disso, a embarcação é capaz de rastrear todo o processo de preparação do ataque: linhas de comunicação, detalhes técnicos, etc.
Provavelmente, o comando militar russo decidiu que agora o Yuri Ivanov é necessário nessa região, sublinharam os jornalistas.
Recentemente, um submarino norte-americano armado com mísseis Tomahawk entrou no mar Mediterrâneo e reforçou o grupo naval dos EUA que já tinha lá dois submarinos nucleares com mísseis de cruzeiro e dois destróieres, o USS Carney e o USS Ross, equipados com mísseis.
Ao golfo Pérsico chegou também o destróier USS The Sullivans com 56 mísseis de cruzeiro a bordo. Além disso, um bombardeiro estratégico B-1B da Força Aérea dos EUA com 24 mísseis de cruzeiro ar-terra AGM-158 JASSM foi transferido para a base aérea de Al-Udeid no Qatar.
A Rússia também aumentou a presença de seus navios no Mediterrâneo e realizou exercícios nessa região que envolveram 26 navios e 34 aviões.