Ex-estrategista de Trump diz que editorial sobre Trump no NY Times é 'golpe de Estado'

© AP Photo / Evan VucciEx-estrategista sênior de Donald Trump, Steve Bannon (foto de arquivo)
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O ex-estrategista da Casa Branca traçou um paralelo entre as crises de Trump e as enfrentadas pelo presidente dos EUA, Abraham Lincoln, durante a Guerra Civil Americana do século XIX.

Bannon dedicou grande parte de uma entrevista à Reuters na Itália para fazer comentários sobre uma coluna de opinião anônima publicada no jornal The New York Times, alegando que há um movimento de resistência dentro da Casa Branca do presidente. Para o ex-estrategista, trata-se de "golpe".

“O que você viu no outro dia foi tão sério quanto possível. Este é um ataque direto às instituições. Isso é um golpe, ok?", disse Bannon, citado pela Reuters.

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A coluna foi publicada na quarta-feira e teria sido escrita por um funcionário do governo Trump que criticou o presidente dos Estados Unidos por sua "amoralidade" consistente ao afirmar que alguns funcionários da Casa Branca "estão trabalhando diligentemente de dentro para frustrar partes de sua agenda e suas piores inclinações".

Bannon fez a alusão a quando o general George B McClellan desafiou a autoridade do presidente Lincoln para governar o país durante a punição da Guerra Civil dos EUA do século XIX.

"O país só teve uma crise como essa no verão de 1862, quando o general McClellan e os generais mais graduados, todos democratas do exército da União, consideraram que Abraham Lincoln não estava em forma e não era competente para ser o comandante-em-chefe", afirmou Bannon.

O presidente dos EUA, Abraham Lincoln, a quem Trump usualmente chama de "Honest Abe" (Abe Honesto), foi o primeiro presidente do Partido Republicano eleito e é frequentemente citado pelos historiadores como um dos mais respeitados e bem-sucedidos presidentes do país. Lincoln acabou com a escravidão em território americano e seu partido, seus generais e seus eleitores venceram a Guerra Civil. McClellan foi rebaixado em novembro de 1862 e perdeu como candidato do Partido Democrata a Lincoln durante as eleições de 1864.

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Bannon, depois de ser demitido por Trump, no entanto, mencionou o "establishment republicano" de tentar anular os resultados da eleição presidencial de 2016.

"Há uma cabala de figuras do establishment do partido republicano que acredita que Donald Trump não está apto para ser presidente dos Estados Unidos. Isso é uma crise", declarou.

Bannon ressaltou que os Democratas e o político Bernie Sanders, em especial, não deveriam aprovar da publicação do editorial. "Não pense que será diferente se você tomar o poder. Porque esta é a ordem estabelecida, ditando que eles sabem melhor do que as pessoas", afirmou.

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O autor da coluna de opinião continua desconhecido, embora relatos anteriores tenham notado que Trump está "obcecado" em descobrir quem poderia ser e reduziu sua lista a "quatro e cinco pessoas". O presidente dos Estados Unidos também se comprometeu a exigir que o Procurador-Geral dos EUA, Jeff Sessions, investigue a publicação do artigo como uma questão de "segurança nacional".

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