A nova aeronave A-100 com o Sistema Aéreo de Alerta e Controle pode dar à Rússia vantagem aérea sob as forças da OTAN, comunicou The National Interest.
A edição destaca que a aeronave terá grandes capacidades em comparação com o seu antecessor A-50. A fuselagem da aeronave foi alongada, além de receber novos motores mais econômicos (PS-90A-76) e displays multifuncionais.
A-100 foi criado com base no cargueiro moderno Il-76MD-90A. Depois da modernização o avião terá um sistema novo de escaneamento híbrido Premier-476. O novo sistema de radar é capaz de ativar o escaneamento eletrônico e mecânico, sendo que em cinco segundos o radar é capaz de fazer uma rotação completa, escreve a edição.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o chefe do Centro de Estudo de Problemas Sociais Aplicados de Segurança Nacional, Aleksandr Zhilin, sublinhou que os especialistas norte-americanos, em particular nos últimos tempos, falam frequentemente sobre o perigo das armas russas para o Ocidente.
"Da parte do Ocidente se ouvem declarações histéricas, dizem que os novos exemplares de equipamento militar russo são mortalmente perigosos para todo o mundo. Sim, na verdade, o exército russo está recebendo armas sérias. Sim, os nossos aviões são os melhores do mundo. Sim, em aviônica e eletrônica nós alcançamos os nossos adversários, e hoje não precisamos comprar essas coisas no estrangeiro", opina o especialista militar russo.
Para ele, o sistema de pontaria e navegação dos novos aviões russos é único e amplia em um grau significativo a eficácia da Força Aeroespacial da Rússia.
"Mas a histeria está ligada à necessidade de dar ‘cobertura' ao orçamento militar dos EUA — 716 bilhões de dólares. Eles convencem os contribuintes com a lenda da ‘cobertura', dizendo que a Rússia nos atacará", diz Aleksandr Zhilin.
"Na nossa doutrina militar está escrito claramente: defesa. Mas o exército dos EUA está destinado a combater em territórios alheios, a levar nas suas asas com listras e estrelas a democracia em forma de bombas. Essa é a diferença", concluiu Aleksandr Zhilin.