Pequim lança programa acusando Taiwan de recrutar 'rede de estudantes chineses espiões'

O primeiro episódio alega que espiões taiwaneses atraem estudantes chineses crédulos com dinheiro, amor e amizade, relatou o jornal  Guardian. Enquanto isso, as autoridades em Pequim acusam Taiwan de intensificar os esforços para roubar informações confidenciais com o objetivo de "infiltração" e "sabotagem", além de alertar a ilha contra o agravamento de seus já frágeis laços com a China continental.

As alegações surgem após tentativas da China de persuadir taiwaneses a se estabelecerem permanentemente no continente, oferecendo-lhes carteira de identidade e outros incentivos. Em resposta, Taipé alertou seus cidadãos contra os riscos de se instalar em um país onde, entre outros aspectos, a internet é fortemente censurada.

Em 2017, autoridades taiwanesas condenaram um estudante chinês à prisão depois de acusá-lo de criar uma rede de espiões em toda a ilha e usar seus contatos nas escolas e em um departamento do governo para coletar informações confidenciais.

Apesar das tensões entre Pequim e Taipei, os estudantes chineses têm permissão para estudar em universidades taiwanesas desde 2009.

Pequim vê a ilha como uma província da China e procura se aproximar dos dissidentes por meio de medidas diplomáticas, embora um ataque militar nunca tenha sido retirado da mesa. A ilha de Taiwan foi o último refúgio de partidários do Kuomintang após a Guerra Civil de 1949 contra os Comunistas que estabeleceria o Partido Comunista atualmente no controle da China continental.