Mídia sobre acordo russo-turco: regresso da Rússia como grande potência era inevitável

© Sputnik / Mikhail KlimentievPresidente russo Vladimir Putin durante encontro com seu homólogo turco Recep Tayyip Erdogan em Sochi, 17 de setembro e 2018
Presidente russo Vladimir Putin durante encontro com seu homólogo turco Recep Tayyip Erdogan em Sochi, 17 de setembro e 2018 - Sputnik Brasil
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A criação da zona desmilitarizada na província síria de Idlib, último reduto dos radicais armados no país árabe, mostra o sucesso que a Rússia alcançou na Síria, diz um artigo do jornal Independent.

O autor da matéria, Patrick Cockburn, sublinha que "na realidade a Rússia sempre foi mais forte do que parecia", pois mesmo depois do colapso da União Soviética o país permaneceu uma nação nuclear, "capaz de destruir o mundo".

"O regresso da Rússia como uma grande potência sempre foi inevitável, mas foi acelerado pelo oportunismo bem-sucedido e erros crassos dos países adversários", acredita o colunista.

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Segundo o autor, o acordo assinado entre a Rússia e a Turquia sobre o futuro de Idlib "demonstra até que ponto avançou a Rússia na Síria".

O jornalista frisa que Vladimir Putin é capaz de firmar um acordo com a segunda maior potência militar da OTAN, a Turquia, sem qualquer referência aos Estados Unidos ou a outros membros da Aliança.

Cockburn acha que o documento assinado dá à Turquia uma relativa liberdade para ampliar sua presença militar no norte da Síria, mas Ancara poderá fazer isso apenas com a aprovação de Moscou.

Na segunda-feira passada (17), os presidente russo e turco, Vladimir Putin e Recep Tayyip Erdogan, tiveram um encontro na cidade russa de Sochi, onde acordaram criar até 15 de outubro uma zona desmilitarizada ao longo da linha de contato entre a oposição armada e as forças governamentais sírias na província de Idlib, enquanto os ministros da Defesa dos dois países assinaram um memorando sobre a estabilização da situação na zona de desescalada de Idlib. Entre 19 e 21 de setembro, os militares russos e turcos se encontraram em Ancara e definiram as fronteiras da futura zona desmilitarizada.

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