Rússia pode ter papel crucial na reconstrução da Líbia, diz político

© AP Photo / Pavel GolovkinO ministro da Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov (à direita) ao lado do chanceler da Líbia, Mohamed Taha Siala, durante encontro realizado em Moscou em dezembro de 2017.
O ministro da Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov (à direita) ao lado do chanceler da Líbia, Mohamed Taha Siala, durante encontro realizado em Moscou em dezembro de 2017. - Sputnik Brasil
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A Rússia pode ter um papel decisivo na restauração da infraestrutura econômica da Líbia e também de segurança, afirmou nesta segunda-feira (24) o candidato à presidência do país Aref Ali Nayed. A eleição presidencial da Líbia está marcada para acontecer no dia 10 de dezembro.

"Eu quero que a Rússia […] tenha um papel de importante na reconstrução da Líbia. Porque nosso Estado precisa de forças militares — exército, polícia e serviços de inteligência — e uma parceria estratégica com a Rússia, especialmente cooperação no campo da produção de petróleo e exportações, assim como na construção de infraestrutura", disse Nayed durante um encontro com Vladimir Zhirinovsky, o líder do Partido Democrático Liberal da Rússia.

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O candidato à presidência demonstrou esperança ao acrescentar que a Líbia necessita do suporte dos russos tanto em questões domésticas quanto nas questões internacionais.

"A presença da Rússia, da China e Organização das Nações Unidas (ONU) está equilibrando a situação. Isso ajudará a Líbia e protegerá nosso país e as pessoas que são contra uma intervenção do Ocidente", afirmou Nayed.

A Líbia procurou a ajuda de especialistas russos da indústria de petróleo e gás, construindo e restaurando a infraestrutura de transporte e de logística, ele especificou.

Falando sobre a situação dentro do país e da viabilidade de realizar as eleições dentro do prazo estabelecido durante as conversas mediadas pela ONU sobre a Líbia em Paris, ainda em maio, Nayed disse que acredita que se as hostilidades em Tripoli pararem, será possível cumprir os acordos.

"Se certas tentativas de acabar com os conflitos em Tripoli, tal como um cessar-fogo, forem tomadas, se nós unirmos esforços com o Parlamento e adotarmos a lei eleitoral na sessão de hoje ou amanhã, ainda não é tarde demais [para realizar a eleição presidencial em 10 de dezembro]", acrescentou Nayed.

Fileira da frente, da esquerda para a direita: o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa; o presidente da China, Xi Xinping; o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi. Fileira intermediária, da esquerda para a direita: o presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta ; o presidente do Togo, Faure Gnassingbé; o presidente do Malawi, Arthur Peter Mutharika; o presidente de Guiné-Bissau (José Mario Vaz). Fileira do fundo, da esquerda para a direita: o presidente de Serra-Leoa, Julius Maada Bio; o presidente da Libéria, George Weah; e outros líderes africanos durante Fórum Sino-Africano de Cooperação (FOCAC), em Pequim, 2018. - Sputnik Brasil
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Ele enfatizou que a legitimidade na Líbia pode ser restaurada apenas pelo meio de uma eleição presidencial direta.

"De qualquer forma, eu acredito que a eleição será a única solução possível [para a crise]. Porque, infelizmente. A única alternativa é a guerra", afirmou.

Ele disse ainda que acredita que a crise existente se mostrou à população do país que prorrogar as eleições é um erro

A Líbia está mergulhada em conflito interno desde a queda do líder Muammar Khadafi, em 2011. A parte oriental do país é governada pelo Parlamento, apoiado pelo Exército Nacional da Líbia, em Tobruk. O governo apoiado pela ONU do Acordo Nacional, liderado pelo primeiro-ministro Fayez Sarraj, opera na região Ocidental do país, com sede em Tripoli.

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