'Inaceitável': na ONU, Erdogan critica uso de sanções como arma

© AP Photo / Emrah GurelO presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, durante coletiva de imprensa após reunião da Organização de Cooperação Islâmica, em Instambul, em dezembro de 2017.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, durante coletiva de imprensa após reunião da Organização de Cooperação Islâmica, em Instambul, em dezembro de 2017. - Sputnik Brasil
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Nesta terça-feira (25) durante a 73ª Assembleia geral da ONU, em Nova York, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan afirmou que o uso de sanções econômicas como arma é inaceitável. Ele criticou duramente as guerras comerciais e afirmou que a Turquia advoga pelo livre comércio e livre circulação de pessoas e mercadorias.

"Guerras comerciais prejudicaram a humanidade em todas as eras e nós estamos à beira de mais um período que tememos. Nenhum de nós pode permanecer em silêncio diante de cancelamentos arbitrários de acordos comerciais, espalhando a prevalência do protecionismo e uso de sanções econômicas como armas. Nós todos temos que trabalhar juntos para prevenir danos à rotina comercial do mundo como resultado de tais decisões unilaterais na forma de sanções", afirmou Erdogan.

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O presidente turco ainda afirmou que a Turquia manteve sua posição em favor do livre mercado e do livre movimento de pessoas e mercadorias.

"Neste momento, ninguém quer que o mundo tenha a experiência de uma nova ruptura econômica. É muito fácil criar o caos, porém é difícil reestabelecer a ordem. E hoje, infelizmente, muitos países tentam de forma persistente criar o caos […]. Enquanto à Turquia, nós sempre expressamos que somos a favor do cenário ganha-ganha, quando todos os nossos amigos como quem fazemos negócios ao redor do mundo estão envolvidos", disse o presidente.

Erdogan ainda incitou todos os outros países a assumirem ações responsáveis e construtivas de cooperação com base em plataformas internacionais tais como o G20 ou a Organização Mundial do Comércio (OMC).

Os comentários de Erdogan são uma crítica velada ao cenário que vem sido incentivado principalmente por ações do governo norte-americano. Em março, o presidente dos EUA, Donald Trump assinou ordem para impor tarifas sobre o aço e o alumínio em seu país, de 25% e 10%, respectivamente. A ação causou uma série de tensões comerciais e diplomáticas, resultando em negociações bilaterais.

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Da mesma forma, a imposição de tarifas sobre aço e alumínio disparou o debacle na relação entre os EUA e a China, o que desaguou recentemente em uma imposição de cerca de 200 bilhões de dólares sobre os produtos chineses. Além disso, o país aplica sanções sobre uma série de países, como é o caso do Irã, o qual teve sanções econômicas reimpostas pelos EUA após a saída dos norte-americanos do Plano Conjunto de Ação Integral (JCPOA), o acordo nuclear iraniano.

Mais tarde a economia da Turquia também foi novamente prejudicada pela decisão de Trump de dobrar as tarifas de ações e alumínio nas importações turcas. No início de setembro, Erdogan deu declarações pedindo pelo fim do monopólio do dólar dos EUA sobre o comércio global.

As relações entre Ancara e Washington pioraram após a detenção do pastor dos EUA, Andrew Brunson, na Turquia, há dois anos. A prisão foi decretada devido a suspeitas de laços entre o pastor com o movimento fundado pelo clérigo Fethullag Gulen, a quem Ancara acusa de orquestrar uma

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