Segundo a chancelaria, ao entregar os sistemas, a Rússia poderá fechar o espaço aéreo sírio "onde for preciso".
O comentário vem após o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, ter dito que os planos de Moscou quanto aos S-300 causarão uma escalada significativa na Síria.
"Na verdade, tais ações contribuirão para a estabilização na região, pois se houver necessidade poderemos fechar o espaço aéreo [sírio] onde for preciso e, em primeiro lugar, nossos militares ficarão protegidos", afirmou Ermakov.
A chancelaria também refutou as críticas do Departamento de Estado norte-americano, que disse que a iniciativa de Moscou aumentará o risco para a segurança nacional dos EUA.
"Os sistemas têm um caráter completamente defensivo, por isso os EUA estão exagerando quando dizem que as armas de defesa prejudicam sua segurança nacional", disse o diplomata. Ele também acrescentou que a entrega de S-300 à Síria não é dirigida contra Israel, que é "parceiro da Rússia".
Ermakov sublinhou que as remessas de armas convencionais ocorrem constantemente, sendo os EUA os líderes na venda de armamentos. Além disso, quanto ao o fornecimento de sistemas S-300, segundo a chancelaria, "é um direito inalienável de um Estado realizar assistência técnico-militar a seus parceiros".
O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, anunciou em 24 de setembro medidas para melhorar a segurança dos militares russos na Síria em resposta à derrubada do avião IL-20, pela qual a Rússia responsabiliza Israel.